Província

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A Província São Maximiliano M.Kolbe celebrou no dia 02 de agosto de 2023 a festa de Nossa Senhora dos Anjos. A celebração foi realizada na Casa de Formação de Nossa Senhora dos Anjos, em Santa Maria DF. Estiverem presentes frades da Província, o Ministro Provincial fr.Gilberto, os formandos do Postulantado, o Pré-noviciado, os  frades professos e as pessoas da comunidade.

A festa do Perdão de Assis- As indulgências plenárias

Está festa celebra no dia 02 de agosto, a Festa do Perdão de Assis, Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, segundo testemunhou Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim: “Em uma noite linda , do ano do Senhor de 1216, Francisco estava intimamente compenetrado na oração e na contemplação estava mesmo ali na pequena ermida dedicada a Virgem Mãe de Deus, conhecida como igrejinha da Porciúncula, localizada em uma planície do Vale de Espoleto, perto de Assis, quando, de repente, a igrejinha ficou tomada de uma luz vivíssima jamais vista antes, e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, acompanhados de uma multidão de anjos. Francisco ficou em silêncio e começou a adorar o seu Senhor. Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. Francisco tomado pela graça de Deus que ama incondicionalmente, responde: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero, o pior dos pecadores, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão visitar esta Igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.

O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho, portanto, o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. E não tardou muito, Francisco se apresentou ao Papa Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perugia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e perguntou: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”. E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Francisco, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”

 

 

     Ontem, 27 de abril de 2025, a Província São Maximiliano Maria Kolbe celebrou a memória de quatro anos de falecimento de Frei Francisco Kramek.

     Filho de fazendeiros, Frei Francisco Kramek nasceu aos 12 de janeiro de 1935, em Babin na Polônia. Perdendo seu pai em tenra idade, Frei Francisco foi educado por seu padrasto João e por sua mãe Mariana, mulher simples e discreta que formou os filhos com o bom exemplo. Dada a invasão do território Polonês, pela Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, a propriedade familiar ficou em zona proibida e frei Francisco, não poucas vezes, considerou-se agraciado pela preservação de sua vida: por duas vezes se viu livre do fuzilamento, pelos soldados alemães, livre de bombardeio e explosões de minas terrestres, livre ainda em sua infância quando fora atingido por um raio.

     Somente a sua longa vida e os frutos derivados de sua missão o levariam a compreender quão valiosa era a sua vida. Deus lhe tinha destinado uma missão, a qual frei Francisco começou a conhecer quando aos sete anos de idade, teve o seu primeiro contato com um frade franciscano, frei André Klimuszko, que vindo ao seu povoado e reunindo as crianças, dirigiu-se a ele e profetizou que seria Sacerdote. Quase impossibilitado de ver cumprida tal profecia, seja pelos atrasos impostos pela Guerra, que pelas dificuldades no aprendizado, passados alguns anos, já entrada a adolescência e trabalhando no trato do feno, na propriedade rural da sua família, frei Francisco Kramek, escutou uma voz forte e misteriosa que lhe chamava ao Seminário.

     Relatando o ocorrido a sua mãe, a mesma o orientou a que procurasse o Pároco e que este o orientaria. Obedecida a mãe e dirigido pelo padre Adão, que o auxiliou para o ingresso no Seminário fundado por são Maximiliano em Niepokalanow, aos 14 anos de idade, no dia 1 de setembro de 1949, o jovem Francisco deu início a sua formação religiosa. Ingressando no Noviciado, no dia 30.08.1951, Frei Francisco Kramek fez a Profissão Temporária aos 31.08.1952. Encerrado o ano do Noviciado, o mesmo continuou o estudo do Ginásio em Niepokalanow, período durante o qual viria a sofrer grandes dificuldades para a conclusão dos estudos, no entanto, mais uma vez frei Francisco sentiu-se agraciado pelos favores divinos. Entre os anos de 1954 e 1959, estudou Filosofia e Teologia.

     No dia 04/10/1956, frei Francisco fez a Profissão Solene dos votos e foi Ordenado Sacerdote no dia 02.08.1959, pelo futuro beato Cardeal Primaz da Polônia Stefan Wyszynski. Nutrindo, em seu coração, o grande anseio pela vida missionária, depois de sua ordenação, frei Francisco deu início ao seu trabalho apostólico em Slawno (1959-1962), onde serviu como Vigário Paroquial e Capelão Hospitalar; em Niepokalanow (1962-1964), junto ao Seminário Menor, foi nomeado Vice-Formador e ali pôde inspirar muitos jovens seminaristas a seguirem a vocação missionária; em Gniezno (1964-1966), foi Vice-Mestre de Noviciado.

     Antes de sua partida para a missão Ad Gentes, frei Francisco serviu em Koszalin (1966-1972), como Vigário Paroquial; em Skarzsko (1972), também como Vigário Paroquial e em Poznan, entre os anos 1972 e 1974, iniciou a sua preparação paras as missões. Animada pelo ardor missionário de São Maximiliano e por ocasião de sua beatificação, foi decidida a criação de uma nova missão, pela Província Imaculada Conceição, então sob o governo do frei Mário Paczóski. Sentindo-se chamado, Frei Francisco se inscreveu para estar entre os novos missionários e com grande entusiasmo, no dia 19.12.1974, juntamente com frei Marcos Ignaszewski, Frei Eusebio Wargulewski e o Irmão Religioso Edmundo Grabowiecki, partiu em missão para o Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro no dia 18 de janeiro de 1975. Frei Francisco, portanto, foi missionário da primeira hora, compondo o grupo de missionários chegados ao Brasil, apenas três meses após a chegada do fundador da Missão, Dom Frei Agostinho.

     Residindo, na Paróquia de São Sebastião, em Uruaçu - GO, entre maio de 1975 e abril de 1976, preparou-se para assumir a Paróquia de Nossa Senhora das Graças em Rialma – GO, no dia 4 de abril de 1976, onde trabalhou até 27.02.1977, assumindo em seguida a missão de ser o primeiro Pároco franciscano, da grande Paróquia de São José, em Niquelândia – GO, no dia 19.03.1977, assistência que se estendeu ao Santuário de Nossa Senhora da Abadia. Em Niquelândia, juntamente com frei João M. Batista Wajgert, frei Francisco trabalhou para construção do Convento de são José. Dedicado e zelo pastor, frei Francisco realizou muitos trabalhos e durante uma década se dedicou ao cuidado do povo goiano naquela região, onde permaneceu até dezembro de 1986.

     Do dia 01.01.1990 aos 08.11.1992, frei Francisco assumiu novo encargo pastoral em Valparaíso de Goiás, ali também como Pároco da Paróquia de São Francisco de Assis. Em 1992, dia 08 de novembro, frei Francisco retornaria ao Novo Gama de Goiás, onde novamente viria a assumir as funções de Guardião e Pároco e ali permaneceria por mais sete anos até a sua transferência para o Convento de São Marcos e São Lucas, em Ceilândia – DF, onde desenvolveria os seus trabalhos apostólicos até a sua designação como Diretor Espiritual do Seminário são Francisco de Assis, em Brasília, no ano de 2002. Em pouco tempo frei Francisco seria nomeado Vice-Formador do Noviciado e no final do ano de 2003, foi transferido para Águas Lindas de Goiás, onde permaneceu Vice-Mestre até o ano de 2007.

     Desde então frei Francisco permaneceu em Águas Lindas, exercendo a função de Vigário Paroquial e ali desenvolveu longo e duradouro apostolado, até o seu falecimento, em 27.04.2021, aos 86 anos de idade. Em sua longa vida, frei Francisco realizou muitas obras físicas, na construção e reformas de tantas Igrejas e conventos, também obras intelectuais por meio dos vários livros que escreveu, mas sobretudo se dedicou com grande zelo pela edificação da Igreja e pela propagação da fé católica. É inegável o seu testemunho de fé sólida e Católica, bem como o testemunho de sua coerência, na vivência de sua profissão religiosa.

     Frei Francisco manifestou, ao longo de sua vida, especial atenção pelo atendimento aos doentes e moribundos. Dentre os serviços pastorais que Frei Francisco mais realizava, até o momento de sua morte, estão as visitas aos hospitais e a Comunhão que levava aos que não podiam mais participar das Santas Missas. Apesar das grandes provações, quanto à sua saúde, o Frei Francisco Kramek veio a falecer de modo repentino, no dia 27.04.2021, às 18:00h, em decorrente de um infarto. O corpo de Frei Francisco Kramek foi sepultado no Cemitério Imaculada Conceição, no Jardim da Imaculada em Cidade Ocidental-GO, 16h, do dia 29.04.2021.

Os Ministros e Custódios da União dos Conventuais do Brasil (UCOB) concluíram, no último sábado (27), o texto dos Estatutos que deverão orientar a fase de formação do Noviciado em comum. O encontro ocorreu no Convento Santo Antônio, Casa do Noviciado, em Cascavel (PR).

O documento, aprovado pelos Superiores Maiores da UCOB, será agora submetido à análise do Definitório Provincial da Província São Francisco de Assis. Após essa etapa, o texto seguirá para avaliação da Cúria Geral da Ordem, em Roma.

A iniciativa faz parte de um esforço conjunto de fortalecimento da formação inicial, dentro de um processo sinodal que visa à unidade e ao aprimoramento da vida fraterna e missionária. Que Santo Antônio interceda pela Ordem, pela formação inicial e por nossos frades.

Terça, 22 Abril 2025 17:19

Pascoela Provincial 2025

Ontem (21) foi celebrada, no Seminário São Francisco de Assis, a Missa da Pascoela Provincial. A celebração eucarística foi realizada em ação de graças pela Páscoa da Província e em intenção especial pelo Santo Padre, o Papa Francisco.

Estiveram presentes os frades guardiães, párocos, religiosos das diversas fraternidades, bem como representantes das Casas de Formação. A ocasião foi marcada por um espírito de fraternidade, oração e renovação do compromisso com a vida consagrada.

Após a Santa Missa, todos se reuniram para um momento de convivência fraterna durante o almoço. A refeição contou com a presença ilustre de Dom Antônio Aparecido Marcos Filho, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília, que participou com alegria do momentos comum e celebrativo.

Terça, 22 Abril 2025 12:59

A Morte do Santo Padre, o Papa Francisco

     A morte do Santo Padre, o Papa Francisco, é um acontecimento que abala a Igreja, sobretudo enquanto vínculo de afeto e respeito. Contudo, mesmo diante desta dolorosa perda, a Igreja permanece preparada e organizada, fruto de sua história milenar como instituição.

     Neste momento, mantém-se um silêncio respeitoso e uma discreta preparação para o velório e as homenagens póstumas, como um último adeus ao Santo Padre. Conforme previsto, os cardeais terão entre 15 e 20 dias para se reunir em Conclave e escolher o novo Papa.

     Como religiosos, mantemo-nos em postura de obediência às orientações e decisões da Igreja, conforme expresso na Regra de São Francisco de Assis: "Frei Francisco promete obediência e reverência ao senhor Papa Honório, a seus sucessores canonicamente eleitos e à Igreja Romana.” (RB, 1)

     Nossa Ordem guarda profundo respeito e comunhão com a Igreja, sustentando o espírito de obediência de São Francisco de Assis. Unimo-nos aos fiéis do mundo inteiro em oração pela páscoa de nosso amado Pontífice, Papa Francisco.

     Durante seus doze anos de pontificado, o Papa Francisco promoveu importantes mudanças e profundas transformações na mentalidade e na compreensão da Igreja. Resgatou verdades e posturas autenticamente evangélicas, sendo radical em diversos aspectos. Aproximou-se dos mais pobres, dos países mais necessitados, dos que se encontravam afastados da fé, e dedicou-se intensamente ao ecumenismo. Foi firme em sua crítica aos privilégios clericais e empenhou-se em tornar a Igreja mais simples e acessível.

     Desejamos que os belos ensinamentos e o testemunho do Santo Padre permaneçam vivos em nossos corações, fortalecendo nosso amor à Igreja e ao próximo. Que a semente por ele lançada nos corações frutifique abundantemente na construção do Reino de Deus.

     Que o chamado feito por Deus a São Francisco de Assis — “Vai, pois, e restaura a minha Igreja” (2 Cel 10,5) — que se fez presente em tantos momentos deste pontificado, continue a ecoar entre o Povo de Deus, povo que o Papa Francisco tanto amou, corajosamente serviu e ao qual sempre dedicou sua vida.

     Que seus ensinamentos sobre o Discipulado e a Misericórdia continuem a alimentar nossa missão de edificar o Reino de Deus — missão essa pela qual ele lutou até os seus últimos suspiros. Ao Papa Francisco e à Igreja, com nosso Seráfico Pai, permaneçamos em obediência e reverência. E aos confrades, pedimos que rezem ainda mais fervorosamente nesta intenção.

 

Província São Maximiliano Maria Kolbe

 
Segunda, 14 Abril 2025 13:52

Semana Santa

Na Semana Santa, a Igreja Católica celebra os mistérios da salvação, levados ao cumprimento por Jesus Cristo nos últimos dias de Sua vida, a começar pelo Seu ingresso messiânico em Jerusalém. O tempo da Quaresma, o período de 40 dias, cujo início é na Quarta-feira de Cinzas, continua até a Quinta-feira Santa. A partir da Missa Vespertina da Quinta-feira (“in Cena Domini”/Ceia do Senhor) inicia-se o Tríduo Pascal que abrange a Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor e o Sábado Santo. E tem o seu ápice na Vigília Pascal e no Domingo da Ressurreição.

A Semana Santa começa no Domingo de Ramos, que une num todo o triunfo real de Cristo e o anúncio de Sua Paixão. Desde a Antiguidade comemora-se a entrada do Senhor em Jerusalém com uma procissão solene. Com ela, os cristãos celebram esse evento, imitando as aclamações e os gestos das crianças hebreias, que foram ao encontro do Senhor com o canto do “Hosana” (o grito de exaltação e adoração ao messianismo de Jesus).

Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo

Durante a Semana Santa, a Igreja Católica celebra, todos os anos, os grandes mistérios da redenção humana. O Tríduo Pascal tem início na Quinta-feira Santa com a Missa do Lava-pés, expressão máxima da frase de Jesus: “Eu vim para servir, não para ser servido”. Nessa celebração, Cristo deixa o exemplo do amor ao próximo; nessa Missa também se recorda a instituição da Eucaristia e do sacerdócio. Ao final da celebração, acontece a “Transladação do Santíssimo”, na qual o sacerdote recolhe as Hóstias Consagradas e as deposita no sacrário. Tudo isso acontece numa procissão luminosa, na qual, o povo, em silêncio e recolhimento, é chamado à adoração a Nosso Senhor Jesus Cristo, que vai entregar-Se como sacrifício.

Na Sexta-feira Santa recorda-se o dia em que Cristo entrega-Se como vítima pela humanidade. A celebração desse dia se dá em três partes: Liturgia da Palavra com o Evangelho da Paixão; adoração da cruz, com o tradicional beijo da cruz e distribuição da comunhão. Esse é o único dia em que não há Missa. Nesse dia, os católicos observam o jejum juntamente com a abstinência de carne, como também, guarda-se o silêncio numa atitude de oração e contemplação.

Ressurreição de Cristo

Na noite do Sábado, segundo uma antiga tradição da Igreja Católica, celebra-se a chamada “Vigília Pascal”. Esta noite santa, em que Jesus ressuscitou, deve ser considerada como “mãe de todas as santas vigílias”. Esta celebração inclui a chamada “bênção do fogo novo” com uma procissão luminosa, por meio da qual os fiéis católicos renovam sua fé em Jesus: a luz do mundo; a proclamação solene da Páscoa com o canto do “Exultat“; as leituras do Antigo e Novo Testamentos; e a celebração de um batismo, que é expressão da vida nova que Jesus veio trazer. Os fiéis são convidados a cantar com alegria que Jesus ressuscitou.

Fonte: Canção Nova

Na manhã do dia 19 de março de 2025, Solenidade de São José, foi realizada a Profissão Solene da Irmã Guadalupe, no Mosteiro de Deus Trino, das Irmãs Clarissas. A cerimônia foi presidida pelo Frei Gilberto, OFMConv., Ministro Provincial, e reuniu membros de diversas comunidades religiosas, familiares e amigos da irmã.

A celebração eucarística foi cuidadosamente preparada pelas Irmãs Clarissas, que também conduziram os momentos litúrgicos da missa. Durante o rito da profissão, a Madre Maria Inês acolheu os votos definitivos da Irmã Guadalupe, que assim consagrou sua vida definitivamente a Deus na vida monástica e contemplativa.

Estiveram presentes frades das ordens conventual, menor e capuchinho, além de religiosas de outras congregações, membros da Ordem Terceira e familiares da professanda. A cerimônia foi marcada por emoção, oração e gratidão, refletindo a beleza da entrega vocacional.

Que Deus abençoe a Irmã Guadalupe em sua caminhada e lhe conceda perseverança em sua vocação consagrada.

Quinta, 03 Abril 2025 13:06

Retiro dos frades de Palmas (TO)

       Entre os dias 17 e 20 de março, na casa da Comunidade Sementes do Verbo, em Palmas, ocorreu o retiro anual dos Frades Franciscanos Menores Conventuais da Província São Maximiliano Maria Kolbe, que residem no Tocantins.

       O retiro teve como tema o Ano Santo da Esperança e proporcionou um profundo momento de oração, partilha, escuta de Deus e fraternidade. Durante esses dias, os frades revisitaram seu chamado vocacional, refletiram sobre a presença dos Franciscanos Conventuais em terras tocantinenses e fortaleceram sua comunhão com Deus.

Frade Franciscano Conventual, nascido em San José, Costa Rica, em 26/12/1965. Fez o Noviciado em Tegucigalpa (Honduras), em 1986. Professou os primeiros Votos em 30/01/1987 e emitiu a Profissão Solene em 12/01/1990. Foi ordenado diácono em 11/08/1990, e em 07/09/1991 foi ordenado presbítero. Estudou Filosofia e Teologia no Instituto Teológico da América Central (ITAC) e na Universidade Nacional da Costa Rica (UNA). Especializou-se em seus estudos nas Sagradas Escrituras no Pontifício Instituto Bíblico de Roma, no qual obteve o grau de doutor em Ciências Bíblicas. Também estudou Sociedade e Cultura na Universidade da Costa Rica. Foi vigário paroquial em alguns lugares da Costa Rica onde a Ordem estava presente, e depois foi eleito Custódio Provincial na Costa Rica. Frei Victor também ocupou a presidência da Conferência dos Religiosos da Costa Rica (CONFRECOR); foi diretor e professor de Novo Testamento no Instituto Teológico da América Central; diretor da Escola São Francisco da Costa Rica e o primeiro reitor da Universidade Teológica da América Central (UTAC) Monsenhor Óscar Arnulfo Romero. Foi membro do Ministério de Reflexão da Federação dos Franciscanos Conventuais da América Latina (MIREFALC); foi convidado a participar da Assembleia Geral do Episcopado Latino-Americano, em Aparecida-SP, e trabalhou no Governo Geral da Ordem Franciscana Conventual, em Roma. Desde 2022, Frei Victor está presente na Província São Maximiliano Maria Kolbe, exercendo o seu ministério presbiteral com amor e dedicação na Paróquia de Santa Clara de Assis, no Sol Nascente-DF; na Basílica Santuário São Francisco de Assis, na Asa Norte; e mais recentemente, na Paróquia de São Marcos e São Lucas, no P Norte-DF, nas quais a comunidade de fé o reconhece como um zeloso pastor, confessor, pregador e amigo. Foi também professor no Instituto São Boaventura, bem como em outros institutos teológicos da Arquidiocese de Brasília, nos quais dedicouse ao ensino das Sagradas Escrituras. Na manhã do dia 1º de abril de 2025, devido a complicações de saúde, Frei Victor teve o seu encontro com a irmã morte corporal.

Paciente como quem tem todo o tempo do mundo, o Frei Eusébio passeia por entre os bancos da igreja. Meticuloso, ele para entre as 15 estações da Via Sacra esculpidas na parede e explica todos os detalhes e significados contidos em cada cena. Não seria estranho ele saber, já que a obra aconteceu durante a sua gestão na Paróquia São Marcos e São Lucas, na Ceilândia, ainda no final da década de 1990.

 

A calma pode ser muita, mas a energia também o é. Esbanjando disposição, Frei Eusébio surpreende a qualquer um que descobre que ele está celebrando os seus 65 anos de Ordenação Presbiteral. São seis décadas e meia dedicadas a anunciar o Evangelho de Cristo segundo o carisma do Seráfico Pai São Francisco. Destes anos todos, 50 deles foram só aqui no Brasil.

 

Durante a excursão pelo interior da igreja, muitas pessoas param para falar com ele. Atencioso, cumprimenta cada uma delas e escuta tudo o que precisam dizer. Ouvir é um dos dons deste frade que atende às confissões de muitos fiéis que o procuram todos os dias para receber a Misericórdia Divina. Não é incomum que ele chegue antes que as pessoas para exercer o Sacramento.

 

Após falar sobre as estações da Via Sacra, explicar como funciona o Confessionário e contar cada uma das referências cravadas no painel do presbitério, o Frei Eusébio nos leva à sala do Santíssimo. Lá, uma senhora que rezava interrompe a sua oração quando vê o frade. Com a mesma atenção dedicada as outras pessoas, ele conversa com ela. Seu olhar demonstra compaixão, seu sorriso o mais puro Amor de Cristo e os ouvidos convidam a quem necessitar. Desta mesma maneira ele tem sido por 65 anos de serviços à Igreja, à Província e, principalmente, ao Povo de Deus.

 

Frei Eusébio conhece a história da Paróquia São Marcos e São Lucas, na Ceilândia (DF), justamente por ter feito parte dela.

 

 

Vida e obra

Frei Eusébio Wargulewski nasceu na Polônia, em primeiro de maio 1932, na cidade de Osipy. Vindo de uma família de forte tradição religiosa, ele revela que muitos de seus parentes, entre primos, primas e irmãos, também estão na vida religiosa. Alguns até no Brasil. O país europeu tem uma grande presença do Catolicismo e, entre os anos 1960 e 1970, experimentava um enorme fervor nas vocações.

 

Na época, o mundo todo conhecia a obra de São Maximiliano Maria Kolbe. O Santo dos Tempos Difíceis havia sido beatificado em 1971 pelo Papa Paulo VI. A Província Mãe de Varsóvia decidiu então iniciar uma Missão no exterior para continuar a obra kolbiana de conquistar o mundo todo para Cristo pela Imaculada.

 

O país escolhido foi justamente o Brasil e, no segundo grupo de missionários, o Frei Eusébio foi enviado junto dos Freis Marcos Ignaszewski, Francisco Kramek  e Edmundo Grabowiecki (como havíamos noticiado aqui). Chegaram a terras tupiniquins em 1975. Inicialmente, os frades atuaram em Uruaçu e, conforme os anos se passavam, foram evangelizar em outras cidades. Assim, a Província São Maximiliano Kolbe do Brasil crescia em tamanho e em vocações.

 

Como um dos pioneiros desta missão, Frei Eusébio passou por diversas cidades. “No Novo Gama (GO), foram ‘só’ 17 anos. Em Uruaçu, mais 15 anos. Mesmo que eu já tenha saído de lá há mais de 3 décadas, o povo não esquece”, comentou o religioso. Além do serviço paroquial, ele também atuou na formação dos estudantes da Província.

 

Brincadeiras e Espiritualidade

É unânime! Não há um local por onde Frei Eusébio tenha passado e que sua fama não tenha sido estabelecida. Conhecido por suas brincadeiras, o frade costuma pregar peças em quem desejar falar com ele. A bênção se torna um dolorido e durador aperto de mão. A hora de regar as plantas também pode se transformar em uma ocasião para dar banhos não solicitados aos transeuntes.

 

A alegria do religioso não está somente nas peças que ele prega. As crianças costumam chama-lo de “Frei Papai Noel”. Os pequeninos correm de encontro ao frade com as mãos estendidas esperando pelo prêmio. Nos bolsos de seu hábito há sempre balas e brinquedos que ele dá à garotada. Se você for adulto, não se entristeça, também pode ganhar doces do frade. Apenas tome cuidado para que estes não sejam atirados em sua direção.

 

Nem os confrades da Província escapam de suas peripécias. Não é difícil que muitos comentem sobre chaves colocadas dentro do almoço do convento ou sobre a troca do conteúdo de bebidas que seriam dadas como presentes. “O Frei Roberto Cândido foi viajar, mas quando chegou lá não precisou se preocupar com comida já que ‘ele’ havia comprado uma pizza e deixado dentro da mala”, contou o polonês orgulhoso como quem acabara de fazer um bom trabalho.

 

O carisma de Frei Eusébio sempre leva alegria onde ele estiver.

 

 

Além das brincadeiras, Frei Eusébio também é conhecido pelas confissões. Costumeiramente, chega ao confessionário antes que os fiéis que, ao entrarem, já encontram o frade sentado e pronto para exercer o sacramento. “A confissão é muito importante não para mim, mas para o penitente. É a distribuição da Misericórdia Divina. O padre é um distribuidor”, explica ele.

 

Pronto para ouvir quem estiver arrependido e ansiando pelo perdão, o frade deixa claro a sua função. “O sacerdócio não é apenas celebrar Santas Missas, mas também conceder a reconciliação por meio do Espírito Santo de Deus àqueles que estão perdidos e buscando o seu caminho de retorno ao Pai”, afirmou.

 

Humilde e caloroso, o frade recebe todos e todas que o procuram. Escuta quem precisa falar. Aconselha quem precisa prosseguir. Vai de encontro aos necessitados. Além da confissão, Frei Eusébio também busca visitar os doentes para levar o Evangelho e o carisma franciscano a quem mais precisa.

 

"A confissão é a distribuição da Misericórdia Divina. O padre é distribuidor da misericórdia", disse Frei Eusébio.

 

 

Em seu tempo livre, costuma reunir-se com fiéis para confeccionar terços, mais um dos presentes que dá junto com as balinhas. Também se dedica a cuidar das plantas e hortaliças. Mas não importa onde esteja: seja na igreja, no confessionário ou com o povo de Deus: onde o Frei Eusébio está, nunca falta alegria.

  

Veja mais no vídeo sobre o frade ao final do texto!

 

Confira também outras fotos na galeria abaixo! 

 

Terça, 25 Março 2025 18:28

25 de março: Anunciação do Senhor

 

Fonte: Canção Nova

 

Origens
Na história da existência, constantemente somos desafiados pela vida a darmos uma resposta ativa, consciente e madura ante os apelos e desafios que a nossa própria existência nos interpela. A todo instante, somos colocados em uma posição de escolha, entre aquilo que se quer e aquilo que não se quer; entre o possuir e o nada ter; entre o ser e o não ser. 

Sim e não
O sim e o não fazem parte do nosso cotidiano, sem eles dificilmente poderíamos ser propriamente humanos. Eis o que diz o Senhor: “Hoje, estou colocando diante de ti a vida e a felicidade, a morte e a infelicidade” (Dt 30,15). Neste contexto de escolha propriamente humana, encontra-se a Virgem Mãe de Nazaré.

Eis a serva do Senhor
Maria, na plenitude de sua liberdade, escuta, mais do que a saudação de um anjo, a voz de Deus, a voz de sua própria consciência a te indagar: “Não temas, Maria! Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e tu o chamarás com o nome de Jesus” (Lc 1,30). Diante da proposta, Maria dá sua resposta: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra”. Foi por causa dessa resposta que o Eterno entrou no tempo; que o Todo assume em si o fragmento, Deus assume a forma humana para nos salvar.

Solenidade da Anunciação do Senhor: o sim de uma mulher

Solenidade
A Solenidade da Anunciação do Senhor, que encontra o seu fundamento bíblico situado na narrativa evangélica do evangelista Lucas, no capítulo 1, 26-38, é a solenidade que exalta, na sua estrutura interna, o sim de uma Mulher ao projeto salvífico de Deus, mas que, de modo mais singular, quer manifestar a grandiosidade do sim definitivo de Deus para com a humanidade. A anunciação do Senhor é a solenidade que, por excelência, expressa a vontade divina de querer dar-se a conhecer o homem e salvá-lo e, ao mesmo tempo, a disponibilidade do ser humano em acolher essa autorrevelação divina.

Encarnação do Verbo
O episódio narrado no Evangelho de Lucas mostra a origem histórica do problema enfrentado pelas primeiras comunidades cristã acerca da encarnação total do Verbo eterno de Deus no seio virginal de Maria. A narrativa explicita o diálogo realizado entre Divino e o humano, entre Maria e o anjo, o mensageiro de Deus. Maria, na narrativa, é interpelada pelo anjo, acerca da vontade divina, que encontrou nela, na simples jovem de Nazaré, graça diante de Deus. Nesse episódio evangélico, contemplamos que a liberdade humana, que é fruto do amor de Deus aos homens, nunca foi violado pelo Criador; ao contrário, Ele propõe a Maria uma missão, e Maria, na sua total liberdade, se dispõe a realizá-la, mesmo não sabendo como tudo se daria.

Debates acerca da Encarnação e Divindade de Jesus

Discussão sobre Maria e Jesus
Essa bela narrativa, a pouco comentada, muito fora debatida pelos Padres da Igreja, na reta intenção de defender não somente a Virgindade e Maternidade de Maria, mas, sobretudo, a real Encarnação e Divindade de Jesus, seu filho. Em meados dos anos 325 d.C., com o Concílio de Nicéia e de Constantinopla (381), foram estabelecidos no símbolo da fé, o Credo Nicenoconstantinopolitano, a sentença dogmática de que, verdadeiramente, o Verbo eterno de Deus encarnado no seio da humanidade, por meio da concepção virginal de Maria, era realmente o Filho de Deus. 

A Natureza Humana de Jesus
Em Jesus, a natureza humana e divina coabitavam mutuamente, sem confusão, mas em plena união hipostática de naturezas. O pequeno e humilde carpinteiro de Nazaré era, na verdade, o verdadeiro Filho de Deus, emanada na história humana pela ação do Espírito Santo.

Theotokos
Contudo, foi somente em 431 d.C., no Concílio de Éfeso, que a Igreja proclama solenemente Maria como Mãe de Deus (Theotokos), defendendo, dessa maneira, a real Encarnação do Filho de Deus no seio da humanidade, por meio do sim de Maria. Tal decreto resultou posteriormente a instituição da festa litúrgica da Anunciação do Senhor. Todavia, a Igreja, por volta do século VI, sob o comando do Pontífice Sérgio I, introduziu definitivamente, no calendário litúrgico da Igreja romana, a solenidade da Anunciação do Senhor, que é celebrada todos os anos no dia 25 de março, a exatos nove meses antes do Natal do Senhor.

Uma graça para a humanidade
De fato, no sim de Maria, o sim de Deus em favor da humanidade é plenamente realizado. Em Maria, Deus realiza o seu projeto salvífico no tempo e na história humana. Se por Eva nos veio a desgraça, por Maria nos foi novamente aberta as portas da Graça.

Momento para refletir: como anda o seu sim para os projetos de Deus?

Sentido da Solenidade
Celebrar a solenidade da Anunciação do Senhor é dar graças a Deus por todos os benefícios que, pelo sim de Maria, o Senhor nos dispensou. Celebrar a festa solene da Anunciação do Senhor é contemplar a salvação de Deus realizada no sim de uma Mulher. É contemplar o sim de Deus, por meio de uma Mulher.
O sim de Maria foi um sim que mudou o curso da história. O sim de Maria nos possibilitou conhecermos o Pai, revelado pelo Filho, no poder e na ação do Espírito Santo. Somos convidados a mudar o curso da história em razão do nosso sim a Deus, ao projeto de Deus.

Deus em meio a nós
Deus quer habitar no mundo, na realidade do mundo, na nossa família, na nossa sociedade, no nosso país. Mas para que isso posso se realizar, é preciso que também nós sejamos, assim como a pequena jovem de Nazaré, abertos e generosos a acolher a vontade de Deus em nossa vida, para que o verdadeiro valor de um sim possa transformar o curso da história.

Minha oração
“ Ó Virgem Santíssima, sempre disposta a fazer a vontade do Pai, com seu sim contribuíste para a salvação. Dai-nos a graça de fazer a nossa parte no plano salvífico também dizendo o nosso sim a Deus e ao seu chamado de amor. Amém.”

Nossa Senhora, rogai por nós! 

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