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A Província São Maximiliano M.Kolbe celebrou no dia 02 de agosto de 2023 a festa de Nossa Senhora dos Anjos. A celebração foi realizada na Casa de Formação de Nossa Senhora dos Anjos, em Santa Maria DF. Estiverem presentes frades da Província, o Ministro Provincial fr.Gilberto, os formandos do Postulantado, o Pré-noviciado, os  frades professos e as pessoas da comunidade.

A festa do Perdão de Assis- As indulgências plenárias

Está festa celebra no dia 02 de agosto, a Festa do Perdão de Assis, Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, segundo testemunhou Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim: “Em uma noite linda , do ano do Senhor de 1216, Francisco estava intimamente compenetrado na oração e na contemplação estava mesmo ali na pequena ermida dedicada a Virgem Mãe de Deus, conhecida como igrejinha da Porciúncula, localizada em uma planície do Vale de Espoleto, perto de Assis, quando, de repente, a igrejinha ficou tomada de uma luz vivíssima jamais vista antes, e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, acompanhados de uma multidão de anjos. Francisco ficou em silêncio e começou a adorar o seu Senhor. Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. Francisco tomado pela graça de Deus que ama incondicionalmente, responde: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero, o pior dos pecadores, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão visitar esta Igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.

O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho, portanto, o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. E não tardou muito, Francisco se apresentou ao Papa Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perugia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e perguntou: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”. E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Francisco, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”

 

 

       Durante todo o mês de agosto, a Igreja celebra o mês vocacional, tempo oportuno para rezar pelas vocações. A palavra vocação vem do latim vocare, que quer dizer chamar. Devemos entender que Deus chama! A vocação é mistério de Deus. A vocação é como um diálogo entre Deus e o vocacionado, sendo a iniciativa de Deus e a resposta do ser humano.

       São Francisco de Assis, deixou suas riquezas para abraçar uma vida simples, com outros irmãos, servindo os leprosos, anunciando a paz, pregando o Evangelho e orando com grande fervor. Quando estava entre seus companheiros os exortou a imitarem a humidade e a pobreza de Cristo. Deu-se conta que um outro senhor, infinitamente maior e mais valioso, lhe disputava o coração. Mais tarde Francisco saberia que a ele valia a pena consagrar sua vida. Sentiu despertar dentro de si um desejo intenso de seguir Jesus Cristo. Certa vez, quando escutou o Evangelho do envio dos apóstolos em missão, a saber: que não leveis bolsa, calçado, etc, exclamou consigo mesmo que era isso que queria e procurava fazer de todo o coração.

       Durante toda a sua vida aquilo que lhe parecia amargo tornou-se doce para ele. Dedicou sua vida aos leprosos e tratou com fineza e cortesia a quantos se aproximavam dele, ou seja, os pobres, doentes, ladrões, etc. Realizando isso, a maior intenção de Francisco era de observar o Evangelho de Cristo e imitar com perfeição os seus passos. E os passos de Jesus, levam na direção do povo, exercitando os consagrados e consagradas, vocacionados e vocacionadas, na convivência fraterna, na missão apostólica e na prática da misericórdia. A vida e regra dos irmãos é observar o Santo Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, vivendo em obediência, sem propriedade e em castidade. Assim começa a Regra de Vida de nosso pai seráfico são Francisco de Assis.

       A vida de nosso pai espiritual traz um recado importantíssimo aos jovens: estar atento aos momentos da vida e aos sinais de Deus no dia a dia. O amor de Deus, que nos ama incondicionalmente, não pode passar despercebido. Vocação é justamente o sinal de que Deus nos ama, independente do caminho que possamos seguir. Se Deus nos chama, de nossa parte o que precisamos fazer é escutar. O salmo 126 nos fala que se Deus não edificasse uma casa, em vão trabalhariam os construtores. Se você estiver em dúvida sobre o que fazer, peça a Deus a graça do discernimento e pergunte a si mesmo se tens aptidão para aquilo que pede.

       Que o Senhor ilumine sua Igreja, e que muitos jovens digam sim ao chamado do Senhor.

Frei Henrique Santos de Lima O.F.M.Conv

Sexta, 19 Agosto 2022 19:43

Retorno de Frei Cassimiro Cieslik

       O Frei Casimiro Cieslik (OFMConv.) retornou ao Brasil na última terça feira (16) e foi designado a assumir o cargo de vice formador da Casa de Formação São Francisco de Assis, na Asa Norte (DF). Ele houvera sido Diretor Espiritual do Colégio Internacional Seraphicum e membro da comissão internacional dos Franciscanos Conventuais, em Roma, desde o dia 13 de novembro de 2019 e permaneceu ocupando esse cargo até sua recente volta.

       O frade polonês chegou ao Brasil em 1990 e, de lá pra cá, já passou por diversos conventos e comunidades de nossa Província São Maximiliano Kolbe, tendo uma longa experiência na direção espiritual. Perguntamos ao frade como houvera sido sua experiência no exterior e ele nos respondeu o seguinte, com um sorriso no rosto:

       “Em Roma, fiquei por 3 anos no Seraphicum, onde eu estive no Colégio de São Francisco e na Faculdade Pontifícia de São Boaventura. Os moradores desse grande convento compõem três grupos:

  1. Os frades que são professores ou ocupam outros cargos da ordem;
  2. Os frades, sacerdotes em sua maior parte, provenientes de diversos países do mundo, estão atuando nas várias faculdades em Roma, especializando-se em Filosofia e Teologia ou fazendo doutorado;
  3. Os frades professos simples, que estudam filosofia e teologia, e também são provenientes de vários países.

       Devido a quantidade de frades e, por ser uma comunidade internacional, a experiência é muito boa. Sobretudo, aprender viver o ideal franciscano como irmãos, formando uma só fraternidade, respeitando-se reciprocamente e conhecendo a riqueza cultural de cada frade. Tudo isso favoreceu viver em um clima de paz e de alegria. Muito me ajudou viver nessa fraternidade a minoridade, a simplicidade, a comunhão espiritual através da oração, da liturgia, do trabalho e do recreio. De forma alguma foi um tempo desperdiçado, mas sim tempo de crescer.”

       Perguntamos também o que ele espera dos novos desafios como vice formador do Seminário São Francisco de Assis e, ainda sorrindo, como é característico do frade, ele nos respondeu o seguinte:

       “Estou voltando com alegria para o Brasil e para a nossa Província. No seminário, quero também continuar, da melhor maneira possível, transmitindo a simplicidade de nosso carisma franciscano.

       Gostaria demais de viver em fraternidade, com os mesmos ideais que experimentei no Seraphicum: paz, alegria, respeito recíproco, minoridade franciscana, dispostos a crescermos todos como irmãos, cada vez mais convictos e amadurecidos no chamado vocacional religioso e sacerdotal.

       Não pretendo fazer grandes coisas, mas simplesmente estar presente e ajudar os jovens no discernimento da vocação franciscana. Confio na misericórdia de Deus e sei que desde que Ele esteja presente, é possível fazer Sua vontade.

       Creio que para isso, precisamos ser humildes e pacientes, porque estamos no caminho e que seremos provados todos os dias a seguir o único Mestre – Nosso Senhor Jesus Cristo – como discípulos, nas pegadas de São Francisco de Assis.”

       Desejamos nossas mais sinceras boas vindas ao Frei Casimiro e humildemente pedimos para que Deus ilumine o seu caminho nessa nova jornada como vice formador, pela intercessão de São Francisco de Assis e da Virgem Imaculada. Amém.

Segue abaixo e na íntegra a carta do Ministro Provincial por ocasião da Festa de São Maximiliano Kolbe.

       Ontem (15), aconteceu no Santuário Jardim da Imaculada, na Cidade Ocidental (GO) a celebração da festa de São Maximiliano Maria Kolbe, o padroeiro da nossa província de mesmo nome. Liturgicamente São Maximiliano é celebrado no dia 14 de agosto mas, em razão dos dias dos pais e impossibilidade dos confrades participarem, foi realizada na segunda feira.

       A comemoração se iniciou às 9h com café da manhã, seguido de oração da manhã e um breve encontro das casas de formação, onde o Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus (OFMConv), falou aos professos e formandos sobre a vida e espiritualidade de São Maximiliano. Às 11h aconteceu a Santa Missa em honra ao Santo Mártir, presidida pelo Ministro Provincial e concelebrada por Frei Flávio Amorim (OFMConv), vigário provincial; Frei Amilton Leandro, guardião do Santuário Jardim da Imaculada, bem como demais frades professos que estiveram presentes.

       A celebração também contou com a presença dos seminaristas das Casas de Formação da província, bem como a comunidade do Povo de Deus que também marcaram presença.

       Após a Santa Missa, aconteceu o almoço fraterno, no refeitório do Jardim da Imaculada e durante a tarde houveram atividades esportivas entre os membros da província para celebrar fraternamente o dia.

São Maximiliano Mártir da caridade

              São Maximiliano nasceu em 8 de janeiro de 1894, na cidade polonesa de Zduska Wola.  Seus pais, Júlio Kolbe  e Maria Dabrowska, eram pobres artesãos, cristãos, devotos da Virgem Maria. Ao nascer, ele recebeu Raimundo como nome de batismo.

             A infância de São Maximiliano ocorreu no início do século XX, período de desenvolvimento tecnológico na Europa e na América. Esta época de novidades tecnológicas, com certeza influenciaram  o jovem Raimundo, inspirando-o a desenvolver sua capacidade intelectual para futuramente ajudar na missão da evangelização, como o fez de fato.

  A Aparição de Nossa Senhora  

             Raimundo era uma criança muito levada e arteira por volta dos dez anos de idade. Um dia, sua mãe o repreendeu veementemente pela conduta  dizendo: "Se aos dez anos você é tão mau menino, briguento e malcriado, como será mais tarde?"

Contara depois que naquela noite, ele questionava à Mãe de Deus o que seria de dele. E apareceu a Mãe de Deus, trazendo em Suas mãos duas coroas, uma branca e outra vermelha. Sorrindo maternalmente, perguntou-lhe qual escolhia. A branca significava a santidade e a vermelha o martírio e ele escolheu as duas.

             Em 1907, ele  com seus treze anos e Francisco, seu irmão mais velho, entraram para o seminário menor dos Franciscanos, em Lwow, onde ele trocou o nome de Raimundo para Maximiliano Kolbe. Ele  depois  foi enviado para o Colégio Internacional, em Roma, cursando filosofia  e teologia, preparando para a ordenação sacerdota,l  na Universidade Gregoriana.

 

 Criação Milicia da Imaculada  

             Em Roma, como estudante, no ano de 1917, São Maximiliano Maria Kolbe percebia as diversas manifestações dos maçons contra a Igreja, exposições públicas contra a fé católica aconteciam. Grupos exaltados desfilavam pelas ruas da Cidade Eterna, empunhando bandeiras negras com a figura de satanás em atitude de esmagar São Miguel Arcanjo. Isso provocou a mais profunda indignação em Maximiliano. Ele, impulsionado pelo amor a Virgem Santíssima, decidiu se reunir com seis companheiros, fundando em 1917 a Milícia da Imaculada. A MI tinha dois objetivos especiais: A conversão dos pecadores, dos maçons e dos inimigos da Igreja e a santificação de todos os seus membros, sob a proteção de Maria Imaculada.

            A MI aceitava apenas jovens destemidos e verdadeiramente dispostos a acompanhá-lo nessa empreita de santidade.  Em abril de 1918, São Maximiliano foi ordenado e no ano seguinte, com a bênção de Bento XV, voltou para a Polônia.

             

            Frei Maximiliano Kolbe concluindo  os estudos em Roma em 1919 e l  retornando a Polônia trabalhou para p crescimento da  Milícia da Imaculada entre os frades, sendo uma grande causa de alegria  no coração de São Maximiliano Kolbe. Então nasceu a Revista Cavaleiro da Imaculada, iniciada em janeiro de 1922, em polonês, Rycerz Niepokalanej.  Revista que 20 anos depois, em 1939,  estaria atingindo  a surpreendente tiragem de um milhão de exemplares.

  • Em 1927, foi fundada a Cidade da Imaculada  que cresceu com o numero de  762 habitantes, 13 sacerdotes, 18 noviços, 527 irmãos, 122 seminaristas menores e 82 candidatos ao sacerdócio. Havia nela médicos, dentistas, agricultores, mecânicos, alfaiates, construtores, impressores, jardineiros e cozinheiros, além de um corpo de bombeiros. Neste complexo ficavam o convento, a gráfica e casa editorial. Era chamado de Cidade da Imaculada, em polonês Niepokalanów.

             São Maximiliano fundou também uma Cidade de Nossa Senhora no Japão, publicando o “Cavaleiro da Imaculada” na língua do país. Também tentou igualmente fundar na Índia, mas seus superiores chamaram-no de volta à Polônia antes de poder concretizar seu plano.

 

 

A prisão e morte de São Maximiliano

            Em fevereiro de 1941, os alemães prenderam São Maximiliano e outros quatro frades, os mais anciãos foram enviados para o campo de concentração de Auschwitz.  Ele passou a primeira noite numa sala com outros 320 prisioneiros. Na manhã seguinte, foram todos desnudados, lavados com jatos de água gelada e recebendo cada qual uma jaqueta com um número, coube-lhe o 16.670. Quando o oficial viu seu hábito religioso, ficou irritado. Arrancando com violência o Crucifixo de seu pescoço, gritou-lhe:

            – E tu acreditas nisto?

            Ante a categórica resposta afirmativa, deu-lhe uma “valente” bofetada! Por três vezes repetiu a pergunta e por três vezes o santo religioso confessou sua Fé, recebendo o mesmo bestial ultraje. A exemplo dos Apóstolos, São Maximiliano dava graças a Deus por ser digno de sofrer por Cristo: “Eles saíram da sala do Grande Conselho, cheios de alegria, por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo nome de Jesus” (At 5, 41). Maria não o abandonou um instante sequer.

            Ao entrar no campo de concentração, os guardas faziam uma revista minuciosa em todos os prisioneiros e lhes tiravam todos os objetos pessoais. Entretanto, o soldado que revistou o padre Kolbe devolveu-lhe o Rosário, dizendo:

            – Tome seu Rosário. E vá lá para dentro! – Era um sorriso de Nossa Senhora, como a dizer-lhe que estaria com ele a cada momento.

 

Martírio no bunker da morte

            São bem conhecidos os demais episódios que se deram no campo de Auschwitz: o comportamento do santo sacerdote franciscano, sua incansável atividade apostólica, em cada bloco para onde era mandado, etc.  No final de julho de 1941, foi transferido para o Bloco 14, cujos prisioneiros faziam trabalhos agrícolas.

               Tendo um dos prisioneiros conseguido fugir, dez outros, escolhidos por sorteio, foram condenados ao “bunker da morte”: um subterrâneo onde eles eram jogados desnudos, e permaneciam sem bebida nem alimento, à espera da morte. Ante o desespero daqueles infelizes, São Maximiliano ofereceu-se para ficar em lugar de um deles, pai de família, e foi aceito por ser sacerdote. O ódio ao religioso era notório, mas ficaram estupefatos ao verificar até onde pode chegar a coragem, a fortaleza e o heroísmo de um padre católico.

 A inspiração de sua vida foi a Imaculada

            No dia 10 de outubro de 1982, na Praça de São Pedro, uma multidão de mais de duzentas mil pessoas ouvia um Papa, também polonês, declarar mártir esse sacerdote exemplar que não só morreu para salvar uma vida mas, sobretudo, viveu para salvar muitas almas. Ele que jamais se cansava de dizer: “Não tenham medo de amar demasiado a Imaculada; jamais poderemos igualar o amor que teve por Ela o próprio Jesus: e imitar Jesus é nossa santificação. Quanto mais pertençamos à Imaculada, tanto melhor compreenderemos e amaremos o Coração de Jesus, Deus Pai, a Santíssima Trindade”.       

            Na homilia são João Paulo II dizia que “a inspiração de toda a sua vida foi a Imaculada, a quem confiava seu amor a Cristo e seu desejo de martírio”. (são João Paulo II, Homilia da canonização de São Maximiliano N.05,1982). Entendia que a devoção à Virgem Santíssima marcou profundamente a vida de São Maximiliano e o tornou um homem determinado. Também na  canonização,  foi ressaltado havia um grande esforço realizado por São Maximiliano para colaborar com a graça divina, unindo sua intenção com a graça divina A fé e as obras de toda a vida do Padre Maximiliano indicam que ele entendia a sua colaboração com a graça divina, como uma milícia sob o sinal da Imaculada Conceição (São João Paulo II, Homilia da canonização de São Maximiliano N.05,1982). Portanto , agradecemos a Deus pelo belíssimo exemplo de santidade dado por São Maximiliano M. Kolbe.

 

Segue abaixo o livreto contendo a história de vida e morta de Santa Clara, escrita por Assis por Frei Marcos Roberto, OFMCap.

Terça, 09 Agosto 2022 17:26

11 de agosto: Dia de Santa Clara de Assis

 

“Clara de nome, mais clara de vida e claríssima de virtudes!” 

       Neste dia, celebramos a memória da jovem inteligente e bela que se tornou a ‘dama pobre’.

       Santa Clara nasceu em Assis (Itália), no ano de 1193, e o interessante é que seu nome vem de uma inspiração dada a sua fervorosa mãe, a qual [inspiração] lhe revelou que a filha haveria de iluminar o mundo com sua santidade.

       Pertencente a uma nobre família, destacou-se desde cedo pela sua caridade e respeito para com os pequenos, por isso, ao se deparar com a pobreza evangélica vivida por Francisco de Assis apaixonou-se por esse estilo de vida.

       Em 1212, quando tinha apenas dezoito anos, a jovem abandonou o seu lar para seguir Jesus mais radicalmente. Para isso, foi ao encontro de Francisco de Assis na Porciúncula e teve seus lindos cabelos cortados, como sinal de entrega total ao Cristo pobre, casto e obediente. Ao se dirigir para a igreja de São Damião, Clara – juntamente com outras moças – deu início à Ordem, contemplativa e feminina, da Família Franciscana (Clarissas), da qual se tornou mãe e modelo, principalmente ao longo tempo de enfermidade, período em que permaneceu em paz e totalmente resignada à vontade divina.

       Nada podendo contra sua fé na Eucaristia, pôde ainda se levantar para expulsar – com o Santíssimo Sacramento – os mouros (homens violentos que desejavam invadir o Convento em Assis) e assistir, um ano antes de sua morte em 1253, a Celebração da Eucaristia, sem precisar sair de seu leito.

       Segundo seus relatos, a celebração da Missa aparecia para ela como que projetada na parede de seu quarto. Santa Clara conseguiu assistir toda a celebração sem sair de sua cama. O fato foi confirmado quando a santa detalhou em uma missa as palavras do sermão do celebrante. Em 1958, foi proclamada oficialmente “Patrona da Televisão” por Papa Pio XII.

       Santa Clara faleceu no dia 11 de agosto de 1253, aos 60 anos de idade. Foi canonizada no ano de 1255 pelo Papa Alexandre lV.

       Santa Clara, rogai por nós!

 

Fonte: Canção Nova

Segunda, 08 Agosto 2022 12:18

Clara, um hino de gratidão

No dia 11 de agosto, acontecerá a solenidade de Santa Clara de Assis. Haverão missas às 10h e às 19h30, no Mosteiro Santa Clara do Deus Trino, em Brazlândia (DF).

Durante o dia, haverão barraquinhas e artesanatos clarianos, bem como distribuição dos pães bentos de Santa Clara.

 

       A Província São Maximiliano M. Kolbe se reuniu hoje (2), na Casa de Formação Santa Maria dos Anjos, em Santa Maria (DF), para celebrar a Festa de Nossa Senhora dos Anjos. Essa Casa der Formação é responsável pela etapa do Pré-Noviciado, na qual os formandos vivem a experiência de vida fraterna, com formação franciscana e estudam filosofia no Instituto São Boaventura (ISB).


       A celebração foi realizado pelo Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus (OFM.Conv), com a presença dos frades sacerdotes que concelebraram e frades professos do Seminário São Francisco de Assis. Também estavam presentes a Casa de Formação do Postulando e demais frades dos conventos próximos.
       A festa de Nossa Senhora dos Anjos ressalta a devoção mariana tão presente em São Francisco de Assis. Para a Ordem Franciscana, essa data é um dia reconciliação com Deus, através da Indulgência Plenária recebida por São Francisco de Assis, que dá ao dia o nome de “Perdão de Assis”. A indulgência é relatado no testemunho de Bartolomeu de Pisa, um monge agostiniano do séc XIV, biógrafo de São Francisco de Assis. Ele escrevera a experiência mística de São Francisco de Assis na Porciúncula, enquanto rezava devotamente no ano de 1216. São Francisco de Assis teve a visão de Cristo sobre o altar e a Virgem Santíssima rodeada des Anjos. Nesta visão esplêndida, São Francisco adorou a Cristo com reverência e Nosso Senhor lhe perguntou o que ele desejava para a salvação das almas. São Francisco respondeu ao questionamento de Cristo dizendo: "Amado Pai, que este lugar (Porciúncula) seja um lugar de reconciliação, onde todos os pecadores encontrem a remissão de seus pecados o perdão de suas culpas", então Cristo acolheu o pedido de São Francisco e pediu que o mesmo fosse até seu Vigário na terra (o Papa Honório III) para confirmar a indulgência. São Francisco vai até o Papa Honório III e conseguia o privilégio da indulgência Plenária para Porciúncula e todas as igrejas franciscanas.
       Portanto, esse dia do Perdão de Assis e Nossa Senhora dos Anjos, foi uma oportunidade de encontro de nossa fraternidade provincial, juntamente com as casas de formação da Província em Santa Maria-DF.

       No dia 02 de agosto, celebramos a Solenidade de Nossa Senhora dos Anjos, dia de Indulgência Plenária. A solenidade é tradicionalmente conhecida como o dia do Perdão de Assis, concedido na Porciúncula e se estendendo a todas as igrejas franciscanas espalhadas no mundo. Em visita à Porciúncula em 2016, ano da Misericórdia, o Papa Francisco disse: “Queridos irmãos e irmãs, o perdão de que São Francisco se fez canal aqui na Porciúncula, continua a gerar paraíso depois de oito séculos. Oferecer o testemunho da misericórdia, no mundo atual, é uma tarefa a que nenhum de nós pode subtrair-se. O mundo tem necessidade de perdão; demasiadas pessoas vivem fechadas no rancor e incubam ódio, porque são incapazes de perdoar, arruinando a vida própria e a dos outros, em vez de encontrar a alegria da serenidade e da paz.”.

       O Perdão de Assis está intimamente ligado à Porciúncula, a pequena igrejinha reconstruída por São Francisco de Assis e que se encontra no interior da Basílica Santa Maria dos Anjos, em Assis. Em uma noite de inverno do ano 1216, o Pobre de Assis foi circundado por uma luz suave que o convidou a ir até a esta capela. Ali teve uma visão de Jesus e Maria se prostrou e adorou Jesus e venerou a Virgem e os Anjos. O Paraísopara todos, que Francisco pediu ao Senhor, faz-se próximo neste período do ano, que remonta a iluminada noite que o pobrezinho de Assis viveu na pequena igreja há 803 anos.

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