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A Província São Maximiliano M.Kolbe celebrou no dia 02 de agosto de 2023 a festa de Nossa Senhora dos Anjos. A celebração foi realizada na Casa de Formação de Nossa Senhora dos Anjos, em Santa Maria DF. Estiverem presentes frades da Província, o Ministro Provincial fr.Gilberto, os formandos do Postulantado, o Pré-noviciado, os  frades professos e as pessoas da comunidade.

A festa do Perdão de Assis- As indulgências plenárias

Está festa celebra no dia 02 de agosto, a Festa do Perdão de Assis, Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, segundo testemunhou Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim: “Em uma noite linda , do ano do Senhor de 1216, Francisco estava intimamente compenetrado na oração e na contemplação estava mesmo ali na pequena ermida dedicada a Virgem Mãe de Deus, conhecida como igrejinha da Porciúncula, localizada em uma planície do Vale de Espoleto, perto de Assis, quando, de repente, a igrejinha ficou tomada de uma luz vivíssima jamais vista antes, e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, acompanhados de uma multidão de anjos. Francisco ficou em silêncio e começou a adorar o seu Senhor. Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. Francisco tomado pela graça de Deus que ama incondicionalmente, responde: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero, o pior dos pecadores, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão visitar esta Igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.

O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho, portanto, o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. E não tardou muito, Francisco se apresentou ao Papa Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perugia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e perguntou: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”. E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Francisco, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”

 

 

       Diante das diversas frentes de trabalho pastorais e de apostolados da Província São Maximiliano M. Kolbe, com forte presença no Centro Oeste e no Nordeste do Brasil, tem se destacado a missionariedade no Norte do País, por meio do trabalho missionário no Amazonas. A Província tem mantido esse trabalho missionário ao longo desses últimos dezessete anos. A ação dos “Frades Conventuais”, especificamente na Região Amazônica, se distingue por estar se desenvolvendo e requerendo sempre uma atenção especial. Os frades nesta realidade, estão presentes nas cidades de Tefé e Juruá, bem como em Manaus capital do estado.

       A Missão dos Frades Franciscanos na região amazônica foi iniciada em 2005, com a chegada de Dom Frei Agostinho Stefan (OFMConv.), Frade Franciscano e Bispo Emérito da Diocese de Luziânia, que se dedicou à missão numa área necessitada de atenção religiosa. Ele deu um grande exemplo de dedicação em Juruá e, desde então, abriu espaço para outros trabalhos na Prelazia de Tefé. Em Juruá, iniciou seu trabalho missionário na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, e alguns anos depois, outros frades vieram somar forças e assumiram a Paróquia Santo Antônio, em Tefé. Ambas as cidades se tornaram bases da Casa de Missão da Província. Para tal, foram necessárias muitas idas e vindas de barco para realizarem o trabalho de evangelização junto ao povo ribeirinho e indígenas da região amazônica.

       Os missionários franciscanos realizam visitas às famílias, celebrações dos sacramentos (Batismo, Eucaristia, Confissões, Casamentos), apostolado missionário, promoções humanas e testemunho evangélico. De fato, ocorre uma identificação com a realidade vivida pela Igreja, assumindo essa grande preocupação da Missão Ad-Gentes, levando em consideração a Exortação Evangelii Gaudium n.115 que diz: “A graça supõe a cultura, e o dom de Deus encarna-se na cultura de quem o recebe.”. Os frades têm respondido a essas necessidades apresentadas pela Igreja, através do Santo Padre o Papa Francisco, pelo Arcebispo de Manaus, Dom Leonardo e pela Prelazia de Tefé com o novo bispo, Dom José Altevir, com grande entusiasmo e esforço para mostrar esse ardor missionário.

        O trabalho missionário tem visado atender com amor ao povo amazonense e suas diversas riquezas culturais. Os frades têm atuado junto aos ribeirinhos, com suas diversas etnias, buscando uma inculturação dos valores deste povo expressando a espiritualidade franciscana. A missão dos frades visa fortalecer a comunhão e a abertura a todos como extensão do amor de Deus na criação, pois “o processo de inculturação implica caminhos não só individuais, mas também comunitários. Exige um amor ao povo cheio de respeito e compreensão” Exortação Apostólica “Querida Amazonia” - Santo Padre Francisco. N.78.

       De fato, os missionários franciscanos visam testemunhar através de seu carisma uma santidade própria da realidade amazônica, dedicando-se a uma mística do encontro, visando a aproximação, desenvolvendo uma contemplação da beleza natural através do serviço a Deus por meio da Palavra, da presença e da vida sacramental com o povo amazonense. A santidade dos traços amazônicos, interpelam os missionários franciscanos a valorizar a igreja numa dimensão universal, no processo de inculturação, e testemunhando um caminho de unidade, sem exclusão conforme sugere o Papa Francisco- “Querida Amazonia” - N.80, que diz: “hoje é indispensável mostrar que a santidade não prive as pessoas de forças, vida e alegria”.

       O trabalho missionário exige a compreensão de que os povos nativos esbarram na desconfiança de uma missão que não se identifica com suas realidades, tentando implementar sua própria cultura religiosa, indicam uma exploração humana, cultural ou religiosa. Mas, o grande desafio dos missionários franciscanos é atualizar a percepção de Cristo na realidade amazônica “a Amazônia desafia-nos a superar perspectivas limitadas, soluções pragmáticas, que permanecem enclausurada em aspectos parciais das grandes questões, para buscar caminhos mais amplos e ousados de inculturação” “Querida Amazonia-N.105. Portanto, o missionário precisa atuar com o senso de solidariedade, estimulando a cultura do encontro, incentivando não uma hegemonia cultural, mas dentro da matriz franciscana, reconhecer as variedades culturais e religiosas, respondendo aos novos desafios, como a imagem do rio, na perspectiva amazônica que nunca separa, mas une as culturas diferentes e línguas diferentes.

       Os missionários franciscanos mantêm sólida sua fé no Cristo Ressuscitado, na Revelação Divina da Igreja, sendo capaz de ser solidário a realidade e novidade da missão. Nessa performance da Igreja, na dimensão amazônica, verificamos a ação do Verbo Encarnado presente nas culturas, que vislumbra a beleza potencial do testemunho de amor a Deus e amor do franciscano expresso em amor aos ribeirinhos, amor às etnias e à natureza que emana essa grandiosidade da espiritualidade franciscana.

 

Frei Gilberto de Jesus

Ministro Provincial

 

       Quando nasce uma criança nasce também uma mãe e assim nasce um amor incondicional.

       A grandeza do amor de uma mãe não tem como explicar, o filho se enche de coragem quando sua mãe estende seus braços ao auxilia-lo nos primeiros passos incentivando-o a ir em frente para consegue alcançar o que parecia ser tão difícil.

       Todos sabem que a mãe ama mais que qualquer outro ser, que seu amor é incondicional e que não existe nada que se compare a esse amor. Quão grande honrar em ter uma mãe e poder dizer que foi ela que nos deu a vida, toda mãe e sagrada e única. Por isso devemos valorizar ao máximo possível o tempo ao seu lado.

       Assim a Virgem Imaculada se fez exemplo de serviço e amor incondicional para todas as mães. Estando ao lado do seu filho em todos os momentos da vida de modo particular no mais doloroso e sofrido, guardando tudo em seu coração e concluindo de pé, ao lado da cruz, sua missão de amar nosso Salvador que lhe foi dado por um Deus que nos ama e quis nos salvar.

       Que possamos confiar a Imaculada todas nossas mães!

Salve Maria!

 

Marcelo Meneses

Presidente Nacional da Milícia da Imaculada

       Ontem, 8 de maio, aconteceu a posse do Frei Regildo Piedade de Almeida (OFMConv) na Área Missionária São Maximiliano, em Manaus - AM. Anteriormente, o frade trabalhou no Santuário São José, em Niquelândia (GO) e foi transferido para o Convento Santa Edwirges, compondo agora a comunidade conventual, juntamente ao Frei Rômulo da Costa Albuquerque (OFMConv) e o Frei Pedro Rogério Martins (OFMConv). 

       A posso aconteceu pelas mãos de Dom Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos, bispo-auxiliar da Arquidiocese de Manaus. Também estiveram presentes na posse o Frei Rômulo Albuquerque e a comunidade da Área Missionária que o acolheu e ofereceu um jantar ao final da Santa Missa.

       Rezemos para que o frei Regildo possa desempenhar bem o seu novo trabalho na Área Missionária.

       No dia 1º de maio desse ano celebramos, com imensa alegria, 90º aniversário natalício do Frei Eusébio Wargulewski. Em comemoração a essa data festiva, vamos fazer um apanhado geral sobre a vida e a vocação do frade.

 

 

       Frei Eusébio nasceu na Polônia, em primeiro de maio 1932, na cidade de Osipy. Vindo de uma família de forte tradição religiosa, ele revela que muitos de seus parentes, entre primos, primas e irmãos, também estão na vida religiosa. Alguns até no Brasil. O país europeu tem uma grande presença do Catolicismo e, entre os anos 1960 e 1970, experimentava um enorme fervor nas vocações.

       Na época, o mundo todo conhecia a obra de São Maximiliano Maria Kolbe. O Santo dos Tempos Difíceis havia sido beatificado em 1971 pelo Papa Paulo VI. A Província Mãe de Varsóvia decidiu então iniciar uma Missão no exterior para continuar a obra kolbiana de conquistar o mundo todo para Cristo pela Imaculada.

       O país escolhido foi justamente o Brasil e, no segundo grupo de missionários, o Frei Eusébio foi enviado junto dos Freis Marcos Ignaszewski, Francisco Kramek  e Edmundo Grabowiecki (como havíamos noticiado aqui). Chegaram a terras tupiniquins em 1975. Inicialmente, os frades atuaram em Uruaçu e, conforme os anos se passavam, foram evangelizar em outras cidades. Assim, a Província São Maximiliano Kolbe do Brasil crescia em tamanho e em vocações.

 

Brincadeiras e Espiritualidade

       É unânime! Não há um local por onde Frei Eusébio tenha passado e que sua fama não tenha sido estabelecida. Conhecido por suas brincadeiras, o frade costuma pregar peças em quem desejar falar com ele. A bênção se torna um dolorido e durador aperto de mão. A hora de regar as plantas também pode se transformar em uma ocasião para dar banhos não solicitados aos transeuntes.

       A alegria do religioso não está somente nas peças que ele prega. As crianças costumam chama-lo de “Frei Papai Noel”. Os pequeninos correm de encontro ao frade com as mãos estendidas esperando pelo prêmio. Nos bolsos de seu hábito há sempre balas e brinquedos que ele dá à garotada. Se você for adulto, não se entristeça, também pode ganhar doces do frade. Apenas tome cuidado para que estes não sejam atirados em sua direção.

       Nem os confrades da Província escapam de suas peripécias. Não é difícil que muitos comentem sobre chaves colocadas dentro do almoço do convento ou sobre a troca do conteúdo de bebidas que seriam dadas como presentes. “O Frei Roberto Cândido foi viajar, mas quando chegou lá não precisou se preocupar com comida já que ‘ele’ havia comprado uma pizza e deixado dentro da mala”, contou o polonês orgulhoso como quem acabara de fazer um bom trabalho.

       Além das brincadeiras, Frei Eusébio também é conhecido pelas confissões. Costumeiramente, chega ao confessionário antes que os fiéis que, ao entrarem, já encontram o frade sentado e pronto para exercer o sacramento. “A confissão é muito importante não para mim, mas para o penitente. É a distribuição da Misericórdia Divina. O padre é um distribuidor”, explica ele.

 

       Pronto para ouvir quem estiver arrependido e ansiando pelo perdão, o frade deixa claro a sua função. “O sacerdócio não é apenas celebrar Santas Missas, mas também conceder a reconciliação por meio do Espírito Santo de Deus àqueles que estão perdidos e buscando o seu caminho de retorno ao Pai”, afirmou.

       Humilde e caloroso, o frade recebe todos e todas que o procuram. Escuta quem precisa falar. Aconselha quem precisa prosseguir. Vai de encontro aos necessitados. Além da confissão, Frei Eusébio também busca visitar os doentes para levar o Evangelho e o carisma franciscano a quem mais precisa.

       Em seu tempo livre, costuma reunir-se com fiéis para confeccionar terços, mais um dos presentes que dá junto com as balinhas. Também se dedica a cuidar das plantas e hortaliças. Mas não importa onde esteja: seja na igreja, no confessionário ou com o povo de Deus: onde o Frei Eusébio está, nunca falta alegria.

 

 

       O novo Bispo da Prelazia de Tefé é Dom José Altevir da Silva, que assumirá no dia 1º de maio de 2022.

       No dia 09 de março, o Santo Padre Papa Francisco, nomeou o religioso da Congregação do Espírito Santo, como bispo da Prelazia de Tefé, que estava vacante desde o dia 20 de julho de 2021. Dom José Altevir, de 59 anos, natural de Guajará no Amazonas, foi ordenado presbítero no dia 06 de dezembro de 1992, em Cruzeiro do Sul, pela imposição de mãos de Dom Luís Herbst. Fora nomeado bispo de Cametá pelo Papa Francisco, em 27 de setembro de 2017, e recebeu a ordenação episcopal no dia 16 de dezembro de 2017, em Cametá. Ele teve como ordenante Principal: Dom Leonardo Ulrich Steiner, O.F.M., e os co-consagrantes: Dom Sérgio Eduardo Castriani, C.S.Sp. e Dom Frei Jesús María Cizaurre Berdonces, O.A.R., e tem como lema episcopal "Audi, discat cum nuntio et gaudium viter, spes et caritas" ("Escuta, aprende e anuncia com alegria, esperança e caridade").

 

       O novo bispo é formado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e já atuou como vigário em Minas Gerais e Roraima. Também foi formador na Congregação do Espírito Santo, que tem sede em São Paulo. Foi assessor na área de missiologia na Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). De 2007 a 2012 foi assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e a Cooperação Intereclesial da CNBB. Em 2012, foi eleito provincial da Província Espiritana no Brasil, e reeleito para a mesma missão em 2015, com mandato até 2 de fevereiro de 2018. No mesmo período, também atuou como coordenador da União das Circunscrições da América Latina (UCAL), formada por grupos e Províncias dos espiritanos no continente.

       Desde já, toda a Prelazia de Tefé, pela minha voz, acolhe carinhosamente e com muita alegria o novo bispo da nossa Igreja local, Dom José Altevir da Silva. Pedimos que Deus abençoe abundantemente o seu pastoreio no meio de nós.
Nossa infinita gratidão a Deus pela sua bondade com seu povo.


Pe. Mellon Atema Mahoba Waïbena
Administrador da Prelazia de Tefé

(☆ 12.01.1935 ⴕ 27.04.2021) 

            Celebramos hoje, 27 de abril, a memória de um ano de falecimento de Frei Francisco Kramek. Vamos então relembrar a trajetória do frade que se doou por completo e seguiu fielmente sua vocação, sempre sob o manto protetor da Virgem Maria, de quem era devoto.

            O frade teve a origem de sua vocação Missionária em São Maximiliano, seu conterrâneo, por ocasião de sua beatificação. Após a decisão da criação de uma nova missão pela Província Imaculada Conceição de Varsóvia (Polônia), sob o governo do frei Mário Paczóski. Frei Francisco se inscreveu para estar entre os novos missionários e, com grande entusiasmo, no dia 19 de dezembro de 1974, juntamente com frei Marcos Ignaszewski, Frei Eusebio Wargulewski e o Irmão Religioso Edmundo Grabowiecki, partiram em missão para o Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro no dia 18 de janeiro de 1975.

 

 

            Frei Francisco foi, portanto, missionário da primeira hora, compondo o grupo de missionários chegados ao Brasil três meses após a chegada do fundador da Missão, Dom Frei Agostinho. No início, residiu na Paróquia de São Sebastião, em Uruaçu (GO), entre maio de 1975 e abril de 1976. Logo depois, em 4 de abril de 1976, assumiu a Paróquia de Nossa Senhora das Graças, em Rialma (GO), onde trabalhou até 27 de fevereiro de 1977, assumindo em seguida a missão de ser o primeiro Pároco Franciscano da grande Paróquia de São José, hoje Santuário, em Niquelândia (GO), no dia 19 de março 1977.

            Após anos de trabalho nas diversas realidades da Província, o frade esteve pelas últimas décadas em Águas Lindas, na Paróquia São Maximiliano M. Kolbe, exercendo a função de Vigário Paroquial. Ali ele desenvolveu longo e duradouro apostolado, até o seu falecimento, em 27 de abril de 2021, aos 86 anos de idade.

            Em sua longa vida, frei Francisco realizou muitas obras físicas, na construção e reforma de tantas igrejas e conventos, também obras intelectuais por meio dos vários livros que escreveu mas, sobretudo, se dedicou com grande zelo pela edificação da Igreja e pela propagação da fé católica.

 

 

            É inegável o seu testemunho de fé sólida e católica, bem como o testemunho de sua coerência na vivência de sua profissão religiosa. Frei Francisco manifestou, ao longo de sua vida, especial atenção pelo atendimento aos doentes e moribundos. Dentre os serviços pastorais que Frei Francisco mais realizava, até o momento de sua morte, estão as visitas aos hospitais e a Comunhão que levava aos que não podiam mais participar das Santas Missas.

            Apesar destes importantes serviços, Frei Francisco Kramek passava por grandes provações quanto à sua saúde. Diante disso, ele veio a falecer de modo repentino, no dia 27 de abril de 2021, às 18:00h, em decorrência de um infarto. O corpo do frade foi sepultado no Cemitério Imaculada Conceição, no Jardim da Imaculada na Cidade Ocidental-GO, às 16h, do dia 29 de abril de 2021.

         No Domingo da Misericórdia, dia 24 de Abril de 2022, aconteceu a posse do Frei Geraldo Leite da Silva Júnior (OFMConv.) na Área Missionária de Cacau Pirera, região de Iranduba (AM).  A Província São Maximiliano M. Kolbe do Brasil já se fazia presente no estado do Amazonas desde o ano de 2005, por iniciativa do então Bispo Emérito de Luziânia, Dom Frei Agostinho Stefan (OFMConv.) Juruá foi o  primeiro lugar da nossa Missão Amazonas. Em 2009, no Capítulo Extraordinário, a Província decidiu assumir a Missão também na Cidade de Tefé (AM).

         A  Província São Maximiliano M. Kolbe  recebeu a proposta de assumir a Área Missionária de CACAU PIRERA, em Manaus (AM). O pedido fora realizado pelo Excelentíssimo Arcebispo da Arquidiocese de Manaus, Dom  Leonardo.  A Área Missionária de Cacau Pirera fica localizada no subúrbio de Manaus, região de Iranduba. O trabalho será realizados junto à comunidade ribeirinha.

         A proposta de assumir a Área Missionária de Cacau Pirera foi apresentada no Capítulo Extraordinário Provincial, em novembro de 2021. A proposta também foi aprovada em Definitório, realizado no mês de dezembro de 2021.

         Estaremos ampliando nossa área de trabalho missionária no Amazonas. Somos conscientes da importância deste novo trabalho junto aos mais pobres de Manaus, bem como o testemunho evangélico que possibilita sermos solidários, respondendo a essa necessidade da Igreja.

 

BREVE HISTÓRICO

 

         No dia 21 de novembro de 1968 foi lançada a pedra fundamental para a edificação da Igreja de Nossa Senhora Aparecida em Cacau Pirera. Dois anos depois, Dom João de Souza Lima presidiu a Eucaristia, inaugurando a igrejinha de Nossa Senhora Aparecida. A construção foi levada a termo por Ir. Bruna enviada pela congregação das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, que com muita dedicação liderou também a construção da casa paroquial, do posto médico e das capelinhas da Olaria Brito dedicada a São José, assim como da Capela de Nossa Senhora de Nazaré, no Caldeirão.

          A comunidade local era formada em sua maioria por colonos e migrantes nordestinos do Ceará, da Paraíba, do Maranhão, gente de pouca posse.

          Em 1974, as Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria se despedem e a Diocese de Pistoia, Itália, envia dois missionários Pe. Humberto Guidotti e a Enfermeira Nádia Vettori que passam a integrar a Arquidiocese de Manaus. Pe. Humberto e Nádia se instalaram no Cacau-Pirêra. Nádia com idade de 30 anos passa a trabalhar na Vila de Paricatuba, servindo como enfermeira. E Pe. Humberto segue com os serviços pastorais.

          Em 1991, as religiosas Filhas de Sant´Ana instalam-se no Cacau-Pirêra dando continuidade à missão evangelizadora, empreendendo esforços para formação do povo. A ereção oficial da casa religiosa se deu no dia 24 de junho de 1991, recebendo o nome de São João Batista, por ser o dia de sua memória litúrgica.

          Com o apoio irrestrito de Pe. Lourenço, Irmã Zuleide assumiu a responsabilidade pela organização da Capela Nossa Senhora Aparecida, integrando-se rapidamente na comunidade. Foram criados espaços de participação, investindo na formação dos leigos, na formação da equipe de canto, nas oficinas para as aulas de violão e de teclado, iniciativa que favoreceu a criação do grupo de canto para a animação litúrgica. Irmã Zuleide permaneceu na missão até o ano de 2008, sendo transferida para o Aleixo e, posteriormente, em 2010, vai para o Rio de Janeiro. Administrar os poucos recursos sempre foi a marca da administração da Ir. Zuleide e de Ir. Regina, melhorando continuamente a estrutura física do centro social, a igreja, a cozinha comunitária, sempre motivando a participação da comunidade. As primeiras religiosas, cada uma com seu carisma, cativaram o povo, formando uma grande família.

         Em 20 de janeiro de 2003, os Padres Bruno Morandini e João Poli assumem a Paróquia de São João Batista, de Iranduba e permitiu que a Capela Nossa Senhora Aparecida, de Cacau-Pirêra tivesse autonomia de gerenciar suas atividades missionárias, administrativas e financeiras, sem depender da sede paroquial. Suas lideranças participavam das reuniões paroquiais e setoriais como se fosse uma paróquia.

          Nos anos de 2009 e 2010, Pe. Bruno seguiu acompanhando diretamente a comunidade do Cacau-Pirêra, organizando a formação para os ministros da Palavra e do Culto e ministros extraordinários da comunhão eucarística. Aos sábados, pela manhã, sempre havia a oração comum com o grupo dos ministros, visitava continuamente as comunidades e organizou a formação para os coroinhas.

          No dia 20 de abril de 2011 chegou em Cacau-Pirêra o Pe. André Jean Marie Delzelle, de nacionalidade belga que passou a conduzir a vida dessa comunidade. Aos 27 de dezembro de 2011 é erigida a Área Missionária Nossa Senhora Aparecida dada em celebração eucarística solene, presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Manaus, Dom Luiz Soares Vieira, concelebrada por Dom Mário Antônio da Silva, bispo auxiliar, por Pe. João Poli, pároco da Paróquia São João Batista, de Iranduba e por Pe. André Delzelle. Nessa celebração leu-se o Decreto de Ereção da Área Missionária Nossa Senhora Aparecida, com sede no Cacau-Pirêra.

          Pe. André empreendeu a construção de um novo Templo, maior em sua estrutura física, capaz de congregar mais fieis, para a sede da Área Missionária. Foi um ardoroso trabalho levado à frente por ele, contando com a colaboração de alguns benfeitores e da comunidade local. Sua marca foi a fundação de dezenas de comunidades em toda a extensão da Área Missionária.

          Com a transferência de Pe. André para a Prelazia do Xingu/PA, assumiu a coordenação da Área Missionária, em 2015, o Pe. Thiago Santos Alves, permanecendo pouco mais de um ano, e com ele os Diáconos Permanentes Ricardo Cesar, Ademar Mendes e Nelson Nogueira, acompanharam as comunidades e deram continuidade à conclusão das obras da Igreja de Nossa Senhora Aparecida.

          No dia 25 de fevereiro de 2018, na Celebração Eucarística Presidida pelo Arcebispo Metropolitano Dom Sergio Castriani, Pe. Thiago se despedia da comunidade e era apresentado como Pároco da Área Missionária Nossa Senhora Aparecida, Pe. José Cândido Cocaveli de Andrade, fidei donum da Prelazia de Tefé e diretor administrativo do Instituto de Teologia e Pastoral (ITEPES), em Manaus. Pe. Cândido continua a frente dessa Área Missionária até os dias atuais.

  

COMUNIDADES

 

          A Área Missionária está dividida em 7 núcleos somando um total de 61 comunidades. Grande parte possui acesso pela rodovia estadual AM 070 adentrando diversos de seus ramais. Outras comunidades o acesso se dá via fluvial mediante embarcações.

  

 

Terça, 19 Abril 2022 17:25

Celebração da Pascoela

            Ontem (18), aconteceu a celebração da Pascoela, na Capela da Casa de Formação São Francisco de Assis, em Brasília – DF. A solenidade teve início às 11h, com a Santa Missa presidida pelo vice-formador e animador vocacional, Frei Marcos Pereira da Silva (OFMConv.). Estiveram também presentes o formador do Seminário São Francisco, Frei Flávio Freitas de Amorim (OFMConv.); o Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus Rodrigues (OFMConv.), o Assistente Geral da FALC, Frei Rogério Pereira Xavier (OFMConv) e vários outros consagrados e consagradas religiosos.

           

            Em sua homilia, Frei Gilberto de Jesus lembrou da responsabilidade dos consagrados religiosos em trazerem a palavra de Cristo, que acabara de ressuscitar na Páscoa, de forma acessível para quem mais precisa. Mencionou ainda a importância do trabalho pastoral dos frades em cada paróquia e capela, bem como os que estão em Missão no estado do Amazonas, nas cidades de Manaus, Tefé e Juruá.  

            Após a Santa Missa, houve um almoço fraterno e uma pequena comemoração em homenagem ao aniversário natalício do Frei Marcos Pereira. A partilha aconteceu no refeitório da Casa de Formação São Francisco de Assis.

Quinta, 14 Abril 2022 14:21

O Senhor ressuscitou! Esperança!

       A experiência de Semana Santa vivifica nossa fé de cristãos e, consequentemente, nossa missão de religiosos. Ela nos motiva a vivermos junto com o povo de Deus nas celebrações e na vida de comunidade religiosa. É um tempo especial, no qual crescemos humanamente, espiritualmente e vocacionalmente.

       A fé que adquirimos pela experiência religiosa não só nos aprofunda, mas nos motiva a ajudar os irmãos e ressignificar suas vidas pelo valor de Ressurreição do Senhor. O relato da paixão e ressurreição vividos na Semana Santa nos dá condições de olharmos a postura de Cristo e ver nossa vida na perspectiva da esperança.

       Em meio aos diversos processos de desafios e renúncias pessoais daquilo que teríamos direito, nos são dados outros direitos e, junto a eles, a garantia da vida eterna. É isso que nos diz o Papa Francisco, na carta encíclica Fratelli Tutti: “A esperança é ousada, sabe olhar para além das comodidades pessoais, das pequenas seguranças e compensações que reduzem o horizonte, para se abrir aos grandes ideais que tornam a vida mais bela e digna. Caminhemos na esperança!”. Papa Francisco (Nº 55. 2020).

       O Evangelho de São Mateus (28,9) diz que Jesus aparece às mulheres que haviam encontrado o túmulo vazio e chama atenção para a postura delas “‘Alegrai-vos!’ As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés.”. Aproximar, prostrar e abraçar são as reações do encontro com Ressuscitado como resposta real a Cristo. Jesus pede que as mulheres anunciem aos irmãos: “Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam a Galileia. Lá me verão” (Mt 28,11).

       A Galileia era o lugar os pecadores e pagãos, mas é lá que encontrarão o Cristo Ressuscitado. A pandemia que vivemos tem criados situações de paganismo, de ideologismo, mas também oportunidades de encontrar Cristo Ressuscitado através da solidariedade, da compaixão, da caridade e da sensibilidade pastoral de muitos confrades. Eles têm testemunhado sua dedicação em servir ao povo de Deus e sua comunidade conventual.

       De fato, a Ressurreição exige que nos aproximemos do Senhor e possamos ter a atitude das mulheres descritas no Evangelho, que se aproximaram de Cristo, prostraram-se diante dele e o abraçaram!

Sexta, 01 Abril 2022 19:09

Semana Santa

       A Igreja Católica dá início à Semana Santa no Domingo de Ramos, no dia 10 de abril e se estende até o dia 17 de abril, domingo de páscoa.  A Semana Santa é o momento central da liturgia católica romana e é a semana mais importante do ano litúrgico, quando se celebram de modo especial os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

       Para ajudar a compreender o sentido litúrgico deste momento, o portal da CNBB traz o significado de cada dia da Semana Santa.

Domingo de Ramos

       O Domingo de Ramos abre, por excelência, a Semana Santa, pois celebra a entrada triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, a Morte e a Ressurreição. Este domingo é chamado assim, porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde o Senhor passaria montado num jumento. Com isso, Ele despertou, nos sacerdotes da época e mestres da Lei, inveja, desconfiança e medo de perder o poder. Começa, então, uma trama para condená-Lo à morte. A liturgia dos ramos não é uma repetição apenas da cena evangélica, mas um sacramento da nossa fé, na vitória do Cristo na história, marcada por tantos conflitos e desigualdades.

Segunda-feira Santa

       Neste dia, proclama-se, durante a Missa, o Evangelho segundo São João. Seis dias antes da Páscoa, Jesus chega a Betânia para fazer a última visita aos amigos de toda a vida. Está cada vez mais próximo o desenlace da crise. “Ela guardava este perfume para a minha sepultura” (cf. João 12,7); Jesus já havia anunciado que Sua hora havia chegado. A primeira leitura é a do servo sofredor: “Olha o meu servo, sobre quem pus o meu Espírito”, disse Deus por meio de Isaías. A Igreja vê um paralelismo total entre o servo de Javé cantado pelo profeta Isaías e Cristo. O Salmo é o 26: “Um canto de confiança”.

Terça-feira Santa

       A mensagem central deste dia passa pela Última Ceia. Estamos na hora crucial de Jesus. Cristo sente, na entrega, que faz a “glorificação de Deus”, ainda que encontre no caminho a covardia e o desamor. No Evangelho, há uma antecipação da Quinta-feira Santa. Jesus anuncia a traição de Judas e as fraquezas de Pedro. “Jesus insiste: ‘Agora é glorificado o Filho do homem e Deus é glorificado nele’”. A primeira leitura é o segundo canto do servo de Javé; nesse canto, descreve-se a missão de Jesus. Deus o destinou a ser “luz das nações, para que a salvação alcance até os confins da terra”. O Salmo é o 70: “Minha boca cantará Teu auxílio.” É a oração de um abandonado, que mostra grande confiança no Senhor.

Quarta-feira Santa

       Em muitas paróquias, especialmente no interior do país, realiza-se a famosa “Procissão do Encontro” na Quarta-feira Santa. Os homens saem de uma igreja ou local determinado com a imagem de Nosso Senhor dos Passos; as mulheres saem de outro ponto com Nossa Senhora das Dores. Acontece, então, o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre proclama o célebre “Sermão das Sete Palavras”, fazendo uma reflexão, que chama os fiéis à conversão e à penitência.

Quinta-feira Santa

       Santos óleos – Uma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a bênção dos santos óleos usados durante todo o ano pelas paróquias. São três os óleos abençoados nesta celebração: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos. Ela conta com a presença de bispos e sacerdotes de toda a diocese. É um momento de reafirmar o compromisso de servir a Jesus Cristo.

       Lava-pés – O Lava-pés é um ritual litúrgico realizado, durante a celebração da Quinta-feira Santa, quando recorda a última ceia do Senhor. Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar Seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de Sua mensagem; portanto, esta celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus, que é a Eucaristia. O rito do lava-pés não é uma encenação dentro da Missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus. O bispo ou o padre, que lava os pés de algumas pessoas da comunidade, está imitando Jesus no gesto; não como uma peça de teatro, mas como compromisso de estar a serviço da comunidade, para que todos tenham a salvação, como fez Jesus.

       Instituição da Eucaristia – Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou na noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, quando Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-os também oferecer aos seus sucessores. A palavra “Eucaristia” provém de duas palavras gregas “eu-cháris”, que significa “ação de graças”, e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho.

       Instituição do sacerdócio – A Santa Missa é, então, a celebração da Ceia do Senhor, quando Jesus, num dia como hoje, véspera de Sua Paixão, “durante a refeição, tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: ‘Tomai e comei, isto é meu corpo’.” (cf. Mt 26,26). Ele quis, assim como fez na última ceia, que Seus discípulos se reunissem e se recordassem d’Ele abençoando o pão e o vinho: “Fazei isto em memória de mim”. Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia.

       Sexta-feira Santa – A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade.

       Via-sacra – Ao longo da Quaresma, muitos fiéis realizam a Via-Sacra como uma forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz. A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e na misericórdia de Jesus que se doou por nós. Em muitas paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo por meio da meditação das 14 estações da Via-Crucis.

Sábado Santo

       O Sábado Santo não é um dia vazio, em que “nada acontece”. Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa. O próprio Jesus está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de Seu último grito na cruz – “Por que me abandonaste?” –, Ele cala no sepulcro agora. Descanse: “tudo está consumado!”.

       Vigília Pascal – Durante o Sábado Santo, a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando Sua Paixão e Morte, Sua descida à mansão dos mortos, esperando na oração e no jejum Sua Ressurreição. Todos os elementos especiais da vigília querem ressaltar o conteúdo fundamental da noite: a Páscoa do Senhor, Sua passagem da morte para a vida. A celebração acontece no sábado à noite. É uma vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (cf. Lc 12,35-36), tenham acesas as lâmpadas, como os que aguardam seu senhor chegar, para que, os encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa.

       Bênção do fogo – Fora da Igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta dela, o sacerdote abençoa o fogo novo. Em seguida, o Círio Pascal é apresentado ao sacerdote. Com um estilete, o padre faz nele uma cruz, dizendo palavras sobre a eternidade de Cristo. Assim, ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo – homens, coisas e tempo – estão sob Sua potestade.

       Procissão do Círio Pascal – As luzes da igreja devem permanecer apagadas. O diácono toma o Círio e o ergue, por algum tempo, proclamando: “Eis a luz de Cristo!”. Todos respondem: “Demos graças a Deus!”. Os fiéis acendem suas velas no fogo do Círio Pascal e entram na igreja. O Círio, que representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos guia pelas trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança em procissão.

       Proclamação da Páscoa – O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da celebração incensa o Círio Pascal. Em seguida, a Páscoa é proclamada. Esse hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, a alegria do Céu, da Terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Essa alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a proclamação, apagam-se as velas.

       Liturgia da Palavra – Nesta noite, a comunidade cristã se detém mais que o usual na proclamação da Palavra. As leituras da vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: “E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras” (Lc 24, 27).

Domingo da Ressurreição

       É o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu “Peseach”, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos “Cristo vive” não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança.

 

Fonte: CNBB

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