No último domingo (9), a Província São Maximiliano Maria Kolbe inaugurou oficialmente a Casa Filial São Maximiliano, localizada em Palmas (TO). A cerimônia oficializou a posse do Frei Romilson Ferreira da Silva (OFMConv) como pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, que ao lado do frei Marcus Vinicius, que assume em conjunto a missão pastoral.

A Santa Missa foi presidida por Dom Pedro Brito Guimarães, arcebispo da Arquidiocese de Palmas, e contou com a presença de alguns de religiosos e sacerdotes locais, incluindo o Ministro Provincial Frei Gilberto de Jesus, (OFMConv), além do Frei Lúcio Paulo Higino da Silva (OFMConv), Frei Antônio Francieudes Sales Martins (OFMConv) e Frei Jailson Araújo Cordeiro (OFMConv).

A Paróquia Sagrado Coração de Jesus, criada em 2023, está em crescimento e recebe agora a presença da Ordem dos Frades Menores Conventuais. Com essa nova casa, a Província passa a atuar em três cidades no Tocantins: Palmas, Divinópolis e Aragominas.

A abertura dessa nova Casa Filial fortalece a missão evangelizadora da Província na região, promovendo o crescimento da fé e a atuação pastoral no estado. Que Deus abençoe este novo projeto da nossa Província.

       A Província São Maximiliano Maria Kolbe celebrou hoje no último sábado (8), com grande júbilo, a Profissão Simples de Frei Deivid Rodrigues Lira (OFMConv), Frei Gustavo de Guedes Farias (OFMConv), Frei Luan Dias dos Santos (OFMConv), Frei Matheus Andrade S. de Moura (OFMConv) e de Frei Vinicius Santos Lima (OFMConv). A Santa Missa aconteceu às 10h no Santuário Jardim da Imaculada, em Cidade Ocidental – GO, e foi celebrada pelo Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus (OFMConv) e concelebrada pelo Vigário Provincial, Frei Amilton Leandro (OFMConv), pelo guardião do Santuário, Frei Jorge Campelo (OFMConv), e pelos demais sacerdotes presentes. Os recém professos-simples escolheram como lema de profissão as primeiras palavras da Regra Bulada: “Em nome do Senhor”, que refletem o desejo de São Francisco de Assis de que toda a vida do frade menor seja um transbordamento e concretização da vontade amorosa que emana do coração de Deus, que doa livremente o precioso dom da vocação.

       Em sua homilia, Frei Gilberto destacou que os consagrados são chamados a ser luz na vida de todos que com eles convivem, lembrando as palavras ditas por Jesus: “Eu sou a videira e vós sois os ramos”; ou seja, a raiz de tudo é Ele mesmo; sem permanecer nEle, não é possível viver e dar frutos. A comunhão com o Senhor é fundamental, guardando o amor verdadeiro e fundador que nos foi atestado no Batismo. E foi na morte de Cristo que fomos batizados, para que possamos também participar de sua ressurreição e de sua vida eterna. Vemos essa dinâmica na vida de São Francisco de Assis. Ele viveu apenas 44 anos e os seus 20 primeiros anos foram gastos de forma frívola. Ele tinha grandes ambições de ser cavaleiro e de ser nobre; ele estava disposto mesmo a matar e a morrer por esses ideais mundanos. Mas com a experiência da derrota, do fracasso e da doença, ele começa a sentir um chamado diferente de Deus. E, numa igrejinha em ruínas, Deus fala ao seu coração. Depois, ele também sente o chamado de Deus através dos pobres e dos leprosos. E ele vai se tornando capaz de dar seu sim. Até que um dia, em praça pública, ele renuncia a todos os bens, à herança familiar, ao seu pai terreno e assume a plena paternidade de Deus; e é acolhido pela Igreja, pelo bispo que cobre sua nudez. Dessa forma, ele se torna um novo homem, a partir do chamado assumido. Isso está acontecendo também hoje, com os nossos cinco irmãos que hoje professam os votos de Pobreza, Castidade e Obediência. Com os votos, renunciam a tudo o que possuem e abraçam uma vivência profunda e radical do Batismo. Vocês, meus irmãos, vão testemunhar publicamente a entrega que já acontece nos seus corações. Com o voto de Pobreza, vocês participam da pobreza de Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor a nós. Com o voto de Obediência, vocês fazem uma doação total de si, entregam um pouco de si a cada dia. E com o voto de Castidade vocês terão o coração livre; é um ato de amor, que torna vocês livres para amar a todos. O sim de vocês é um testemunho grandioso e deve ser comemorado. É ir contra a correnteza do mundo, que nos puxa para o egoísmo. Tenham a certeza de que vocês são amados por Deus e de que Ele também espera o amor de vocês através do amor aos irmãos e ao Povo de Deus. E não esqueçam do Jesus nos diz: “se permanecerdes em mim, eu permanecerei em vós”. Frei Gilberto finalizou a homilia acolhendo também os novos postulantes, que começam a caminhada na vida religiosa nesse Jardim dedicado à Imaculada; um lugar que vai marca-los por toda a vida, que é repleto de vivências muito cercadas de amor e aprendizados. E desejou a todos esperança, perseverança e coragem.

       No final da cerimônia, ocorreu também a acolhida ao Postulantado dos jovens André Benvenuto, Carlos Henrique, Emerson de Jesus, Francinaldo Lima, Giovane dos Santos e Marcos Vinicius, que darão seus primeiros passos na formação inicial, vivendo por um ano no Jardim da Imaculada.

       Além dos recém professos-simples e dos novos postulantes, se fizeram presentes também seus familiares e amigos, membros da Milícia da Imaculada e da OFS, os irmãos das outras casas de formação e seus formadores e vice-formadores e diversos frades da nossa Província. Após a celebração, foi oferecido um almoço fraterno.

     No último domingo (02), aconteceu na Casa de Formação Santa Maria dos Anjos, em Santa Maria (DF), a abertura do ano formativo. Ocorreu o acolhimento dos novos formandos, que iniciam em 2025 o pré noviciado, bem como a despedida daqueles que irão para o noviciado em Cascavel (PR).

     A celebração foi presidida pelo Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus Rodrigues (OFMConv), com a concelebração de Frei Eusébio Wargulewski (OFMConv), Frei Ennis Cláudio da Silva Araújo (OFMConv) e Frei Beneval Soares Bomfim (OFMConv). Este ano, a Casa de Formação de Santa Maria será conduzida pelo reitor Frei Beneval Bomfim e pelo vice reitor e Guardião do Convento Frei Ennis Cláudio. Além dos frades que celebraram e concelebraram a abertura, também estiveram presentes o povo de Deus. Rezemos pelos novos pré-noviços e aqueles que viverão o noviciado em Cascavel (PR).

     No dia 2 de fevereiro, a comunidade cristã ao redor do mundo celebra o Dia Mundial da Vida Consagrada, uma ocasião significativa dedicada à reflexão e reconhecimento daqueles que escolheram seguir uma vida de dedicação religiosa.

     A data, estabelecida pelo Papa João Paulo II em 1997, coincide com a Festa da Apresentação do Senhor no Templo, que também é conhecida como a Purificação de Maria. Neste dia, religiosos e religiosas renovam seus votos e reafirmam seu compromisso com a fé e os valores que orientam suas vidas.

     A vida consagrada é marcada por uma entrega total a Deus e ao serviço dos outros. Freiras, monges, frades, irmãos e irmãs consagrados dedicam-se a uma variedade de ministérios, incluindo educação, saúde, assistência social e missões. Seu trabalho muitas vezes passa despercebido, mas desempenha um papel crucial na construção de comunidades solidárias e no apoio aos necessitados.

     Neste Dia Mundial da Vida Consagrada, muitas comunidades religiosas ao redor do mundo organizam eventos especiais, missas e momentos de oração para celebrar a riqueza da vida consagrada e para expressar gratidão pelos que escolheram este caminho de dedicação e serviço.

     Além disso, é um momento para sensibilizar a sociedade sobre a importância da vida consagrada e encorajar jovens a considerar esta vocação. Muitas congregações religiosas enfrentam desafios com o envelhecimento de seus membros, e o Dia Mundial da Vida Consagrada oferece uma oportunidade para inspirar novas vocações e garantir a continuidade dessa importante tradição na Igreja Católica e em outras tradições religiosas.

     Neste 2 de fevereiro, unamo-nos em oração e celebração, reconhecendo e agradecendo àqueles que dedicam suas vidas à vida consagrada, contribuindo para a construção de um mundo mais justo e compassivo.

       Ontem (28) aconteceu, na Paróquia Nossa Senhora d'Abadia, em Quirinópolis (GO),  a posse do Frei Altair Santos de Jesus Gomes (OFMConv) como pároco da comunidade. A Santa Missa foi presidida por Dom Joaquim Carlos Carvalho, Bispo Ordinário da Diocese de Jatai. Esteve presente o Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus (OFMConv), frades da Província São Maximiliano Maria Kolbe, sacerdotes da Diocese de Jatai e a comunidade da Paróquia Nossa Senhora d'Abadia.
       A comunidade religiosa dos Frades Conventuais será composta pelo Frei Francisco Bezerra (OFMConv), Frei Gederson Aparecido Marques Nunes (OFMConv) e Frei Altair Santos (OFMConv). Desejamos que nossos confrades possam realizar um importante trabalho nesta nova cidade, atendendo ao povo de Deus com fidelidade ao propósito da Igreja!

A Provincia São Maximiliano M. Kolbe completou, em 2024, 50 anos de presença jurisdicional desde a chegada de Dom Agostinho em 1974.

Em 2025, a Província possui 85 frades de votos solenes, que estão nas regiões Centro Oeste, Norte e Nordeste do Brasil, mas também alguns frades fora do país, como em Roma (trabalhando ou estudando) e Polônia (estudando).

Hoje a Provincia São Maximiliano M. Kolbe conta com 23 presenças, sendo 16 conventos, 5 casas filiais e 02 casas de missão. Essas presenças, se distribuem da seguinte forma: Centro Oeste com 13 (5 conventos no Distrito Federal e 8 presenças no Goiás); Nordeste com 3 presenças (1 em Candeias,1 Feira Santana e 1 João Pessoa); na Região Norte 7 presenças (1 em Manaus, 1 Iranduba (Cacau Pirêra), 1 em Tefé, 1 em Juruá, 1 em Palmas, 1 em Aragominas e 1 em Divinópolis).

A saber, contamos com dezesseis conventos que são: Convento Imaculada Conceição de Maria, na Cidade Ocidental – GO; Convento São José, em Niquelândia – GO; Convento São Francisco de Assis, em Brasília – DF; Convento São Pedro Apóstolo, em Novo Gama – GO; Convento São Marcos e São Lucas, na Ceilândia – DF; Convento São Maximiliano Maria Kolbe, em Águas Lindas – GO; Convento Nossa Senhora das Candeias, em Candeias – BA; Convento Santa Maria dos Anjos, em Santa Maria – DF; Convento Santo Antônio de Pádua, em Valparaíso de Goiás – GO; Convento São Boaventura, em Brasília – DF; Convento Santo Antônio de Pádua, na Cidade Ocidental – GO; Convento Nossa Senhora Aparecida, em João Pessoa – PB; Convento São José de Copertino, em Feira de Santana – BA; Convento Santa Clara de Assis, em Anápolis – GO; Convento Santa Edwiges, em Manaus – AM e Convento Santa Clara de Assis, no Sol Nascente – DF.

Contamos também com cinco casas filiais, sendo elas: Casa Filial Nossa Senhora Aparecida, em Cacau Pirera – AM; Casa Filial Dom Agostinho, em Aragominas – TO; Casa Filial São Francisco Fasani, em Divinópólis – TO; Casa Filial São Maximiliano, em Palmas – TO e Casa Filial São Francisco, em Quirinópolis – GO.

Por fim, mas não menos importantes, nossas duas casas de missão: Nossa Senhora de Fátima, em Juruá – AM e Casa de Missão Santo Antônio, em Tefé.

Para melhor organização e funcionamento do trabalho evangelizador, essas casas e conventos são subdivididas em regionais e cada regional, por sua vez, tem um coordenador. Assim sendo, temos a Regiona 1, chamada “centro”, é coordenada pelo Frei José Nasareno de Sausa Santos (OFMConv), sendo composta pelo convento São Boaventura, Convento São Francisco de Assis, Convento São Marcos e São Lucas, Casa Filial Santa Clara de Assis e Convento Santa Maria dos Anjos. 

A Regional 2, chamada “centro-sul”, tem como coordenador o Frei Amilton Leandro G. do Nascimento (OFMConv), e é composta por Convento Imaculada Conceição de Maria, Convento Santo Antônio de Pádua (Cidade Ocidental),

Convento São Pedro Apóstolo e Convento Santo Antônio de Pádua (Valparaíso – GO). 

A Regional 3, tem como coordenador o Frei Pedro Rodrigues da Silva (OFMConv) e é composta pelos conventos São Maximiliano Maria Kolbe, São José, Santa Clara de Assis e Casa Filial São Francisco. 

A Regional 4 é chamada “delegação nordeste” e tem como delegado o frei José de Arimatéia Autran Feitoza (OFMConv). Ela é composta pelo convento Nossa Senhora das Candeias, Convento São José de Copertino e Convento Nossa Senhora Aparecida.

A Regional 5, chamada “Norte I, Amazonas”, tem como delegado o Frei Bernardo Vitório da Silva e é composta pelo convento Nossa Senhora das Mercês, Casa de Missão Santo Antônio de Pádua, Casa de missão Nossa senhora de Fátima e Casa Filial Nossa Senhora Aparecida.

No último dia 22, na Paróquia Senhor Bom Jesus da Lapa, em General Carneiro (Diocese de Barra do Garças - MT), aconteceu a Santa Missa por ocasião da posse do Frei Geraldo Leite. Presidida por Dom Paulo Renato Fernandes Gonçalves de Campos, atual bispo de Barra do Garças, a Santa Missa contou com a presença dos paroquianos da Paróquia Senhor Bom Jesus da Lapa.

"Em nome do Senhor" RB 1,1

A Ordem dos Frades Menores Conventuais e a Província São Maximiliano Maria Kolbe têm a alegria de convidá-los para a primeira profissão religiosa dos frades:

Frei Deivid Rodrigues Lira, OFMConv

Frei Gustavo de Guedes Farias, OFMConv

Frei Luan Dias dos Santos, OFMConv

Frei Matheus Andrade S. de Moura, OFMConv

Frei Vinicius Santos Lima, OFMConv

     Entre os dias 20 e 24 de janeiro acontece, no convento das Irmãs Cordimarianas, em Fortaleza (CE) a reunião da FALC. Estão presentes nesse encontro o Assistente Geral Federação dos Frades Menores Conventuais da América Latina e Caribe (FALC), Frei Rogério Xavier, o presidente da FALC, Frei Sinofredo e os ministros provinciais e custodiais de várias partes da América Latina e Caribe. Nossa Província São Maximiliano Maria Kolbe está representada na pessoa do Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus Rodrigues (OFMConv) e pelo Delegado da Missão do Nordeste, Frei José de Arimatéia Autran Feitoza (OFMConv). As reuniões anuais visam a partilha sobre as realidades e dificuldades de cada jurisdição, bem como orientá-las nos princípios do Governo Geral.

Frei Valentín Redondo OFMConv.

        O retorno às fontes não tem por objetivo enfeitar a vida conventual franciscana menor, não passaria de hipocrisia, o objetivo do retorno às origens é atualizar o carisma de Francisco hoje: viver o Evangelho, seguir Jesus e em conformidade com ele¹ . Estas três expressões são as mais utilizadas nas Constituições renovadas para indicar a vida do irmão mais novo. Três verbos importantes na relação do irmão mais novo com o Evangelho de Cristo: viver, seguir, conformar-se. É o que já vemos no primeiro número das Constituições: “O ideal do bem-aventurado Francisco e dos seus irmãos é viver e testemunhar o santo Evangelho em comunhão fraterna”². “A minoridade é uma característica do seguimento pobre e humilde de Cristo.”³ “Com a profissão religiosa os irmãos comprometem-se publicamente a viver o Evangelho em fraternidade e minoridade, seguindo a Cristo na obediência, sem nada de próprio e na castidade, segundo a Regra dos Irmãos Menores, interpretada pelas Constituições”⁴; “A formação dos Irmãos, através das mediações que o Senhor, a Igreja e a Ordem oferecem, é um processo de crescimento para seguir e conformar-se com Cristo crucificado, pobre, casto e obediente, para estar ao serviço da fraternidade e da missão”⁵.

       Já na introdução espiritual estão lançadas as bases da vida franciscana, que não é outra senão viver o Evangelho, como o próprio Francisco dá razão no seu Testamento: “E depois que o Senhor me deu irmãos, ninguém me mostrou o que deveria fazer, mas o próprio Todo-Poderoso me revelou que eu deveria viver segundo a forma do Santo Evangelho”^6. O Papa disse-nos na audiência que tivemos com ele no final do Capítulo Geral: “O Evangelho é para vocês, queridos irmãos, “regra e vida”, e sua missão não é outra senão ser um evangelho vivo, “exegese viva da Palavra”, disse Bento XVI. O evangelho deve ser o seu vademecum. Sempre ouça-o com atenção; Rezai com ele e, segundo o exemplo de Maria, “Virgem feita Igreja”, meditai-a assiduamente, para que, assimilá-la, conformeis a vossa vida à vida de Cristo”⁷.

       Francisco nunca fala dos Evangelhos, mas do Evangelho. Também não fala de preceitos a cumprir, mas da observância do Evangelho⁸ , porque este é o fundamento da Regra e da vida dos Irmãos Menores. Depois acrescenta como podemos viver esta Regra e esta vida, isto é, seguindo Jesus e a nossa conformidade com Ele, e diz-nos que viver na obediência, sem nada de nosso e na castidade⁹. Veremos mais de perto cada um desses aspectos que chamamos de votos, que não são os dos nós da corda, porque a corda era uma corda com nós, com muitos nós, e com outra finalidade que não a de indicar os três votos em três nós. Tomás de Celano deixou-nos alguns traços importantes da propositum vitae que Francisco pediu ao Papa Inocêncio III que aprovasse¹⁰: “vendo o bem-aventurado Francisco que o Senhor Deus aumentava dia a dia o número dos seus seguidores, escreveu a si mesmo e aos irmãos presentes e futuro, com simplicidade e em poucas palavras, um modo de vida e de regra, valendo-se, sobretudo, dos textos do santo Evangelho, cuja perfeição ele apenas desejava.”¹¹ O seu conteúdo deve ser aprendido e freqüentemente trazido à mente, tanto quanto ao teor e ao sentido das coisas escritas para a salvação de nossa alma: “Rogo a todos os irmãos que aprendam o teor e o sentido das coisas que estão escritas nesta vida para a salvação de nossa alma, e que eles frequentemente os trazem à mente. E peço a Deus que ele mesmo, que é onipotente, trino e uno, abençoe todos os que ensinam, aprendem, têm, lembram e praticam essas coisas”¹².

       E nas Constituições sublinha-se mais uma vez que através da profissão religiosa se comprometem a viver o Evangelho, seguindo a Cristo como já indiquei acima¹³. E é que viver o Evangelho é pôr-se no caminho do seguimento de Cristo pobre e humilde, é o que diz ao jovem rico do Evangelho¹⁴ e, reencontramo-lo, depois de anunciar a sua paixão aos discípulos subida a Jerusalém, na qual se conhece como condições para seguir Jesus¹⁵. É voltar a amar primeiro¹⁶. Se falta a paixão dos amantes por Jesus, não há futuro para a vida consagrada¹⁷

       Sim, acrescento uma coisa que considero importante. Não é meu, ouvi dizer em alguns exercícios espirituais de um frade não franciscano, então me parece ter mais valor. Este pregador de exercícios disse; Os Franciscanos podem desaparecer, como desapareceram muitas Ordens e Congregações. O que não vai desaparecer, e esta é a grandeza de Francisco, é o carisma franciscano. Isto não é um fazer - um irmão mais novo pode ser um funileiro ou um médico bíblico, não é importante - mas um meio de vida. É uma vivência fundamental e essencial para o cristão, assim como o Evangelho. Podemos desaparecer. As vocações em geral, e franciscanas em particular, nas três Ordens: Irmãos Menores, Clarissas e Franciscanos Seculares, já estão em grande declínio. É um facto verificável, pelo menos em alguns países. Pois bem, como disse o pregador de exercício, os franciscanos podem desaparecer, mas não o seu carisma, o Evangelho – Francisco é sempre representado não com a Regra, mas com o Evangelho, a norma de vida. Francisco é original na normalidade, como cristão convertido que quer viver o Evangelho, que é o carisma que ele nos transmite. O Evangelho não desaparecerá.

Única fraternidade

       Francisco recorda no seu testamento, e sabemos de cor, que os irmãos são um dom do Senhor¹⁸. Os irmãos, é verdade, são um dom do Senhor, daí a necessidade de discernir se realmente estamos sendo chamados pelo Senhor. A Regra não intimidada diz que aqueles que chegam até nós por inspiração divina¹⁹. O fato da ligação é muito interessante. Pode-se responder que sim, mas também se pode ser infiel à resposta dada, como Saulo; ou responda sim, como Davi, e permaneça fiel apesar dos seus pecados, expressando o seu arrependimento. Francisco indica muito bem a fraternidade única, reforçando a unidade e a comunhão: “A Ordem dos Irmãos Menores Conventuais é uma fraternidade única que se estende por todo o mundo. Onde quer que os irmãos estejam, constituem uma família no estilo evangélico. Os Ministros, os Custódios e todos os irmãos devem sempre promover, manter e reforçar a unidade e a comunhão” ²⁰. O que se diz do irmão mais novo no exemplo que o Espelho da Perfeição põe na boca de Francisco, aplica-se também à fraternidade²¹.

       Mencionei o discernimento antes, porque às vezes aparecem irmãos voadores, que distribuem os seus bens aos familiares e não aos pobres²², ou são ociosos e gostam de comer²³, ou tornam-se tais através do que vêem, e não através do que vêem através do que. eles ouvem ou lêem. Um Ministro Geral Franciscano comentou que tendo perguntado aos jovens qual era o seu sonho de ser frade, um levantou a mão e disse-lhe muito claramente: o nosso sonho é fazer o que eles fazem, agora fazemos o que eles dizem, referindo-se aos formadores e ministros.

       O tema do discernimento é o que dá a maturidade necessária a uma pessoa consagrada e a uma fraternidade. Você não pode andar sozinho, sem estar acompanhado. O discernimento é permanentemente necessário na vida consagrada, especialmente agora com a crise vocacional, a crise económica e outros tipos de crise²⁴.

       O tema da união e comunhão da fraternidade única, articulada em Províncias e Custódias: “Para uma eficaz animação e organização da vida e das atividades dos irmãos, a Ordem articula- se em Províncias e Custódias, às quais são irmãos filiados”²⁵, é realizado colaborando na formação inicial e permanente, na solidariedade económica e pessoal e na coordenação do apostolado e do trabalho: “Para aprofundar as relações e conhecimentos entre os irmãos, respeitando a diversidade de dons e carismas dos irmãos, as Conferências e Federações favorecem colaboração na formação inicial e permanente, cooperação solidária na economia, coordenação do apostolado e do trabalho e disponibilidade dos irmãos para irem a outras Províncias ou Custódias”²⁶. Certamente, tudo isso se realiza através de Estatutos e convenções próprios ou especiais entre as partes que se consideram uma fraternidade.

       É fácil escrevê-lo e dizê-lo, mais difícil colocá-lo em prática, porque muitas vezes em vez da autonomia, realiza-se com discernimento sobre a qualidade da vida evangélica e fraterna, como nos pedem as Constituições: “Para a ereção de uma Província ou Custódia geral, é necessário ter um número tal de conventos e frades professos solenes que permita à nova Província ou Custódia uma vida autônoma.

       Os Estatutos Gerais também estabelecem os critérios que garantem a qualidade da vida evangélica e fraterna da nova Província ou Custódia Geral”²⁷, ou os critérios para uma melhor projeção da entidade: “Tendo em conta estes critérios, o discernimento para a possível supressão, fusão ou união de uma Província ou Custódia geral com outra Província ou Custódia, de modo que garanta aos irmãos uma vida verdadeiramente fraterna”²⁸, prevalece o provincianismo ou o custodialismo. Temos um exemplo na evolução das Províncias Europeias do Mediterrâneo.

       Parece-me que a FALC do Norte deu um passo muito importante para tornar realidade o Noviciado comum. Não vou entrar em detalhes, porque se conhece de fora, mas o caminho iniciado parece-me importante no Brasil e no Cone Sul, sobre o tema do Noviciado. Parece-me ser uma porta aberta para a reflexão e o que fazer nas outras etapas da vida e da missão nas FALC.

       Devemos pensar e educar que a profissão, embora a façamos nas mãos do ministro provincial ou do Custódio, ambos são delegados do Ministro Geral, e é professada na Ordem, não na Província ou na Custódia.

       Terminamos às 12h15 com a Sexta Hora da aplicação IBreviary

Paz e bem

Frei Valentín Redondo OFMConv 

 (adaptado do espanhol)

1. O Papa recorda, na entrevista a Fernando Prado, que aquilo que a Carta lhe deu um dia ficou gravado na sua Claudio Hummes, de São Paulo, quando visita os cemitérios da Amazônia, para diante dos missionários que morreram jovens, às vezes muito jovens, de malária ou de pragas diversas. Eles morreram vivendo e seguindo a Cristo. E o Cardeal diz ao Papa: 2Todos estes deveriam ser canonizados”. PAPA FRANCESCO, La force della vocação. Conversa com Fernando Prado, EDB, 2018, p. 24.
2. Constituição §1.
3. Constituição §4.
4. Constituição §1.
5. Constituição §2.
6. Teste
7. PAPA FRANCISCO, Discurso ao Capítulo Geral dos Irmãos Conventuais Menores, 17 de junho de
8. Rb 1,1.
9. Rb 1,1.
10. Teste 15.
11. 1Cel
12. Rnb 24,1-2.
13. Constituição 4. §1.
14. Mt 16-22; Mc 10,17-22; Lc 18,8-23.
15. Mt 16,24-26; Mc 8,34-38; Lc 9,23-26.
16. Ap2,4.
17. PAPA FRANCISCO, A força da vocação. Conversa com Fernando Prado, EDB, 2018, pp. 44-45.
18. Teste 14.
19. Rnb 2,1.
20. 27.
21. EP 85.
22. 2Cel 81; LM 7,3; CA 62.
23. 2Cel 75; LM 5,6; CA 97; EP 24.
24. Cf. PAPA FRANCISCO, A força da vocação. Conversa com Fernando Prado, EDB, 2018, pp. 52-53
25. Constituição §1.
26. Constituição §2.
27. Constituição §2.
28. Constituição §3.